Romoaldo de Souza

Briga com ministro de Minas e Energia derruba presidente da Petrobras

Autoridade Federal vai centralizar ações do governo no Rio Grande do Sul

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Romoaldo de Souza

Publicado em 14/05/2024 às 21:11 | Atualizado em 21/05/2024 às 11:07
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ALEXANDRE SILVEIRA DERRUBA PRESIDENTE DA PETROBRAS
O presidente Lula da Silva (PT) já estava “de saco cheio” com as reclamações contra o ex-presidente da Petrobras Jean Paul Prates. A maioria das demandas contra Prates, que chegavam aos ouvidos de Lula, eram do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

O cobiçado cargo de presidente da maior estatal do país já vinha sendo disputado desde o início da gestão petista, mas os ânimos se acirraram depois que o ministro Alexandre Silveira e Prates entraram em rota de colisão quando do episódio do pagamento de dividendos. Em seguida veio a crise da política de gás e projetos para investimentos em energia renovável.

A engenheira Magda Chambriard, ex-diretora da Agência Nacional do Petróleo, é a nova presidente da Petrobras.

AUTORIDADE FEDERAL
O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, foi escolhido pelo presidente Lula da Silva ministro extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. A ideia é de que ele fique no cargo até o fim do ano. Interinamente, o jornalista pernambucano Laercio Portela vai comandar a Secom

Na prática, Paulo Pimenta será um agente do governo que estará na região coordenando os trabalhos de recebimento de demanda de prefeitos e do governador.


E NINGUÉM FOI PRESO
O nível do rio não para de subir, a quantidade de vítimas cada vez mais cresce, os desalojados de suas casas se acotovelam nos abrigos e o Governo do Distrito Federal decidiu “suspender, por falta de espaço” a coleta de donativos para os atingidos pelas chuvas no Rio Grande do Sul. Com a repercussão negativa, o governador Ibaneis Rocha (MDB) mandou “reabrir” o depósito onde os brasilienses estavam fazendo fila para entregar mantimentos.

R$ 1,5 MI PARA FAMÍLIA DE DEPUTADA MORTA
Quando os deputados receberem o contracheque do mês [também chamado de holerite], vai estar registrado um desconto de R$ 2.932,00. O dinheiro será destinado à família da deputada Amália Barros (PL-MT) que morreu no fim de semana, vitimada por uma doença no pâncreas.

IDEIA NÃO É NOVA
Desde o período da ditadura militar foi editado um decreto legislativo determinando que “toda vez que houver o falecimento de um parlamentar” serão descontadas duas diárias do salário e “repassadas à família do parlamentar morto”.

MENOS MENDOZA, MAIS BENTO GONÇALVES
Campanha da prefeitura de Bento Gonçalves, encabeçada pelo prefeito Diogo Segabinazzi (PSDB), está recomendando que os brasileiros “façam a diferença” e consumam mais produtos do Rio Grande do Sul.

“Comprem marcas gaúchas. A gente precisa de vocês” e adverte: “quando baixar a enchente, quando passar tudo isso, as pessoas não vão ter emprego. Vão voltar e não vão ter trabalho. Isso vai ser muito importante”, resume.

MEIO AMBIENTE E OS EMPRESÁRIOS
A oposição alega que quer ouvir os empresários “no sentido de trazer o setor privado para a mesa de discussões”, como justificou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que fez pressão para adiar a votação do projeto que trata da Política Nacional sobre Mudanças do Clima.

O líder do governo, senador Jaques Wagner (PT-BA), argumenta que “é salutar todo debate”, desde que não retarde a análise das medidas. O presidente Lula da Silva (PT) quer apresentar, na COP 30, em novembro de 2025, um pacote de medidas adotadas pelo Brasil, tratando das responsabilidades governamentais e do papel da iniciativa privada. A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) acontecerá em Belém (PA) em novembro de 2025.

PENSE NISSO!
Uma “transposição” de emergência!

O projeto não é inédito. Já foi apresentado tanto ao governo do Rio Grande do Sul como ao governo federal, mas quem disse que o Brasil é o país dos projetos de longo prazo?

Agora, o Palácio do Planalto já está fazendo levantamentos para criar um canal que leve a água da lagoa dos Patos - distante 175km da capital, Porto Alegre - até o Oceano Atlântico.

A obra terá aproximadamente 20km e, se estivesse concluída, boa parte - estima-se em 60% - da água represada, já teria desembocado no mar.

Mas, conhecendo bem os governantes brasileiros, a pergunta que fica é: quem pensa o país, ou seu estado ou ainda o município assim com tantos anos de antecedência? Tão a longo prazo?

Pense nisso!

 

 

 

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