É O FIM DA SAIDINHA
A oposição atropelou o governo e manteve a proibição de que presos bem comportados deixem o presídio, cinco vezes por ano, em datas especiais, como queria o presidente Lula da Silva (PT). A proposta do governo é que em 1º de janeiro, no Dia das Mães, no Dia dos Pais, no Dia das Crianças e no Natal os presos pudessem sair para visitar a família.
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) chamou de “irracional” a proposta da oposição de impedir a saidinha de presos bem comportados. “[A saidinha] é uma oportunidade para evitar o recrudescimento da convivência dentro dos presídios”, disse.
Contra a saidinha de presos o Pastor Eurico (PL) disse à Rádio Jornal que “prisão é privação de liberdade. Se você quer liberdade que não cometa delito”, afirmou.
Mesmo com o veto à saidinha, a lei já determinava que estão impedidos de receber o benefício da saída temporário presos por assassinato, estupro, latrocínio, tráfico de drogas, roubo à mão armada, pedofilia e crimes hediondos.
Poderão receber autorização de saída presidiários bem comportados e que estejam matriculados em cursos técnicos, no ensino médio ou em cursos superiores.
MAIORIA DA BANCADA FOI CONTRA
Na Câmara dos Deputados
Contra a saidinha:
André Ferreira (PL)
Augusto Coutinho (Republicanos)
Clarissa Tércio (PP)
Coronel Meira (PL)
Eduardo da Fonte (PP)
Fernando Coelho Filho (União Brasil)
Fernando Rodolfo (PL)
Lucas Ramos (PSB)
Mendonça Filho (União Brasil)
Pastor Eurico (PL)
A favor da saidinha:
Carlos Veras (PT)
Clodoaldo Magalhães (PV)
Felipe Carreras (PSB)
Maria Arraes (Solidariedade)
Pedro Campos (PSB)
Renildo Calheiros (PCdoB)
Túlio Gadelha (Rede)
Waldemar Oliveira (Avante)
Não votaram:
Eriberto Medeiros (PSB)
Lula da Fonte (PP)
Iza Arruda (MDB)
Fernando Monteiro (PP)
Guilherme Uchoa (PSB
Luciano Bivar (União Brasil)
Ossesio Silva (Republicanos)
No Senado Federal, senador Fernando Dueire (MDB) votou contra a saidinha. Teresa Leitão (PT) e Humberto Costa (PT) não votaram. Enquanto Humberto Costa estava em missão oficial, no Uruguai; Teresa Leitão disse que não votou "porque teve um problema no acesso ao sistema". Ambos informaram que votariam sim.
’TÔ FORA’
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez chegar aos ouvidos da deputada Carla Zambelli (PL-SP) que não conte com ele para o ato em favor do impeachment do presidente Lula.
A “pistoleira,” com Zambelli é conhecida, usou as redes sociais para informar da manifestação em 9 de junho, na avenida Paulista, em São Paulo (SP). Caso Carla Zambelli não desista da empreitada, a expectativa é de um retumbante fracasso.
PROVOCAÇÃO
Durante votação de veto presidenciais na sessão do Congresso Nacional, o líder da Oposição, deputado Filipe Barros (PL-PR), provocou os governistas, chamando o presidente Lula da Silva de “ladrão” e entoando um grito de guerra contra o petista.
Inconformado com a “falta de respeito” da oposição, João Daniel (PT-SE) saiu em defesa de Lula e só não houve troca de sopapos porque a turma do deixa disso - sempre ela - impediu um confronto pessoal. A torcida organizada era numerosa.
KARAOKE DO SAMBA
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, levou ao pé da letra a recomendação desta coluna para que integrantes do Judiciário dessem um pulinho na estação rodoviária de Brasília, tomassem um caldo de cana com pastel para “sentir o cheiro do povo”, antes de tomar importantes decisões.
Barroso escolheu a música “É Hoje”, da escola de samba União da Ilha, do Carnaval de 1982, e cantou em uma boteco sofisticado de Brasília. “Diga, espelho meu. Se há na avenida alguém mais feliz que eu…”
PENSE NISSO
O governo Lula tem batido à porta de governos “progressistas” em busca de aliados para um projeto de viabilidade duvidosa. Lula quer taxar as grandes riquezas.
Um dos padrinhos e porta-voz do governo tem sido o líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). João Pedro Stédile, que recentemente esteve com o papa Francisco, cochichou no ouvido um pedido para que o Vaticano dê atenção a essa iniciativa.
Agora, em 4 de junho, Haddad estará na Itália e tenta achar um jeito de entregar ao papa uma carta, defendendo um imposto anual, em torno de 2% sobre o valor das fortunas de 3 mil empresários mais ricos do mundo.
Ou seja, na ponta do lápis, o fundo que Lula quer criar teria um caixa inicial de US$ 340 milhões.
Haddad e Lula acham, mesmo, que se fosse fácil assim, já não teria sido apresentado uma ideia dessas?
Pense nisso!