Romoaldo de Souza

Senado aprova retorno dos jogos de azar. Governo comemora

Decisão, por unanimidade, do Copom de manter a taxa de juros em 10,5%, mostra que a independência do BC faz bem ao país, apesar das bravatas de Lula

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Romoaldo de Souza

Publicado em 19/06/2024 às 20:18
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A RIFA DOS SENADORES
Está em marcha “uma nova fonte de sonhos”! A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou a legalização dos jogos de azar, como o bingo, as corridas de cavalo e o jogo do bicho.

O senador Rogério Carvalho (PT-ES) saiu em defesa da legalização dos jogos. “Quantas cidades perderam relevância, importância, porque esse tipo de organização da atividade do jogo foi proibido”. Mas o líder do Novo, senador Eduardo Girão (CE) disse que se jogo fosse bom, “não tinha [o] azar no nome”.

CARGA TRIBUTÁRIA
Um dos motivos de comemoração da bancada governista é o aumento da arrecadação com a criação de tributos. Um deles será a Tafija (Taxa de Fiscalização de Jogos e Apostas) , recolhida ao Tesouro Nacional a ser paga de três em três meses, sendo R$ 600 mil para os cassinos; R$ 300 mil para casas de jogos on-line; e R$ 20 mil para casas de bingo. “Precisamos imaginar que esses jogos vão provocar a arrecadação de R$ 22 bilhões, por ano”, conforme relatório do senador Irajá Abreu (PSD-TO).

NOMES PRÓPRIOS
O debate na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados estava animado, até que o deputado Alberto Fraga (União Brasil-DF) se deparou com uma dúvida gramatical: “posso colocar no plural nomes de pessoas”, perguntou o parlamentar para prestar homenagem a duas “patriotas” presas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por terem participado dos atos de 8 de janeiro de 2023.

“Pode”, disse o deputado Aluísio Mendes (Republicanos-MA). “Recorro ao saudoso Padre Antônio Vieira [1608-1697] ‘As Madalenas, as Salomés, as Jacobes também se chamavam Marias’”. Foi aplaudido pelos colegas.

BANCO CENTRAL INDEPENDENTE
Apesar dos esperneios do presidente Lula da Silva (PT) o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu “por unanimidade” manter a taxa de Selic a 10,5% ao ano. O que significa esclarecer que até mesmo os quatro diretores indicados pelo petista consideraram que a economia não está seguramente preparada para reduzir juros. São eles: Gabriel Galípolo (Política Monetária); Ailton Aquino (Fiscalização); Rodrigo Teixeira (Administração); e, Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos).

ARRASTA PÉ
Todos os 151 deputados federais do Nordeste [25 deles são de Pernambuco] receberam “com entusiasmo” um comunicado assinado pelo também nordestino, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara. “Vossa Excelência estará liberado de comparecer a esta Casa”. O motivo, mais que justificável, são as tradicionais festas juninas. Os 25 deputados do Rio Grande do Sul também ficaram liberados de marcar o ponto presencial, em função das enchentes no estado.

CONTABILIDADE DO FUTURO
Os contabilistas estão esperançosos de que a reforma tributária vai trazer “avanços e oportunidades” de negócios, apesar da morosidade com que a Câmara dos Deputados vem tratando o tema. No Recife, nesta quinta-feira (20), o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Ceará, Fellipe Guerra, ministra palestra para analisar a segurança jurídica, as mudanças no mercado de tributos e as “transformações nas formas de trabalho a partir do implemento de novas ferramentas tecnológicas”. A promoção do encontro é da Sescap-Pernambuco.

PENSE NISSO!
Enquanto o governo do Pará, por recomendação do Palácio do Planalto, está de pincel na mão, fazendo a maquiagem das ruas de Belém (PA), para receber os participantes da COP 30 - Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas - o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou “preocupante” relatório registrando que o 1º semestre do ano bateu todos os recordes de focos de incêndio no Pantanal.

“Foram 2.333 notificações no bioma. O número representa uma alta de 1.628% frente ao dado de 2023, que contou com 135 alertas no mesmo período”.

É tão bom quando o país se organiza para receber ambientalistas do mundo todo para debater temas tão sensíveis como as mudanças climáticas, mas biomas importantes como o Pantanal arde em chamas e na Caatinga, no Nordeste, avança a desertificação.

Quantas conferências serão necessárias para que todos os ecossistemas sejam preservados?

Pense nisso!

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