Fraude estava sendo investigada pela Polícia Civil há cerca de um mês. Foto: JC Imagem/Arquivo
As provas da primeira etapa do concurso da Polícia Militar de Pernambuco foram marcadas pela
prisão de uma quadrilha suspeita de tentativa de fraude. Até professores de cursos preparatórios para a seleção estariam entre os envolvidos, segundo informações da Polícia Civil. No total, 13 pessoas foram presas na manhã deste domingo (29), durante a aplicação das provas.
Os envolvidos no esquema criminoso entregaram pontos eletrônicos aos candidatos para que pouco antes do término do prazo dos testes objetivos os gararitos com as respostas corretas fossem repassados. Para isso, utilizaram os professores na tentativa de fraude, que estava sob investigação da Polícia Civil há pouco mais de um mês. O Ministério Público de Pernambuco também está acompanhando o caso.
O líder da quadrilha foi preso no Recife. Além de ser responsável por montar todo o esquema, ele é quem iria repassar as respostas para os candidatos que pagaram para ter os gabaritos. O valor pago ainda não foi informado pela polícia. No total, 162 políciais militares e mais 50 civis participaração da operação, denominada "Ponto Eletrônico".
Novos detalhes sobre a tentativa de fraude, entre eles os nomes dos envolvidos, serão repassados nesta segunda-feira (30) à imprensa.
O concurso
Com mais de 121 mil inscritos, um recorde no Estado, as provas do concurso da PM foram aplicadas no Recife e Região Metropolitana e nos municípios de Caruaru, Garanhuns, Nazaré da Mata, Petrolina e Serra Talhada. Os aprovados na primeira etapa serão avaliados em aptidão física, psicológica, exames médicos e investigação da vida social.
No período de treinamento, após aprovação nas outras etapas, o aluno do Curso de Formação e Habilitação de Praças receberá Bolsa-Auxílio de Formação Profissional no valor de R$ 970,42. Após a nomeação, o soldado da PM receberá salário de R$ 2.319,88.
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