Caso Maria Alice: Justiça decide que padrasto irá a júri popular

Publicado em 20/10/2016 às 11:04
Foto: Segundo a polícia, Maria Alice foi sequestrada, estuprada e assassinada pelo padrasto em junho de 2015. Crédito: Facebook/Reprodução


Segundo a polícia, Maria Alice foi sequestrada, estuprada e assassinada pelo padrasto em junho de 2015. Crédito: Facebook/Reprodução O mestre de obras Gildo da Silva Xavier, de 34 anos, acusado de sequestrar, estuprar e assassinar a estudante Maria Alice de Arruda Seabra, 19, irá a júri popular. A decisão de pronúncia foi definida nessa quarta-feira (19) pela Justiça. O réu, padrasto da vítima, está preso desde junho do ano passado, quando o crime foi consumado e descoberto pela polícia. Ele confessou o assassinato e apontou aos investigadores onde estava o corpo da jovem, num matagal no município de Itapissuma. A defesa de Gildo Xavier ainda pode recorrer da decisão judicial. Na sentença de pronúncia, o juiz Romero Maciel de Aquino, da Comarca de Itapissuma, destacou que "a perícia comprovou a existência de vestígios de sangue humano em seu veículo. Embora (o réu) tenha negado a autoria dos crimes de sequestro e estupro, há nos autos indícios de que o acusado tenha atraído a vítima para que entrasse em seu veículo fazendo-a crer de que iria para uma entrevista de emprego no bairro da Ilha do Leite, contudo, após conseguir seu intento, desviou de rota, e seguiu pela BR-101, no sentido Goiana, o que, em tese pode caracterizar o crime de sequestro. Quanto ao estupro, vê-se que o cadáver da vítima foi encontrado sem as roupas íntimas e vestido com a bermuda do acusado. No local do fato foram encontradas a calça comprida da vítima e a camisa e a cueca do acusado, o que pode indicar a ocorrência de violência sexual contra a vítima". "Às vezes a gente convive com um monstro sem saber", diz mãe de Maria Alice.  Namorado de Alice lamentou morte nas redes sociais Gilson Xavier responde a processo por sequestro, estupro, homicídio quadruplamente qualificado (por motivação torpe, uso de asfixia e meio cruel; meio indefensável e com o fim de assegurar a impunidade ou ocultação de outro crime) e por ocultação de cadáver. Se condenado, a pena pode chegar a 56 anos de reclusão, segundo o Código Penal Brasileiro. Relembre o caso O crime aconteceu em junho de 2015 e teve repercussão nacional. Segundo o inquérito policial, presidido pela delegada Gleide Ângelo, o assassinato foi premeditado e provocado por ciúmes e pelo desejo que o acusado tinha pela jovem. Nas investigações ficou comprovado que o acusado mantinha desejo sexual pela enteada, com quem conviveu por cerca de 15 anos. O sequestro aconteceu em 19 de junho, quando ele disse que iria levar a jovem para uma entrevista de emprego em Gravatá, no Agreste pernambucano. Cinco dias depois, a vítima foi encontrada morta em um canavial em Itapissuma. Uma das mãos estava decepada. Confira série especial "Investigações sob suspeita" Caso Serrambi: quem matou Tarsila e Maria Eduarda? Caso Sérgio Falcão: mistério perto do fim? Caso Arturo Gatti: morte de lutador completa sete anos ainda com muitas dúvidas
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