TJPE nega indenização de R$ 200 mil para Delma Freire

Publicado em 20/02/2018 às 9:00
Delma Freire é apontada como mentora do assassinato da ex-nora, a turista alemã Jennifer Kloker. Foto: JC Imagem/Arquivo
FOTO: Delma Freire é apontada como mentora do assassinato da ex-nora, a turista alemã Jennifer Kloker. Foto: JC Imagem/Arquivo
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Delma Freire é apontada como mentora do assassinato da ex-nora, a turista alemã Jennifer Kloker. Foto: JC Imagem/Arquivo Delma Freire de Medeiros, condenada pelo assassinato da nora, a turista alemã Jennifer Kloker, em 2010, perdeu mais uma batalha na Justiça. Por unanimidade, desembargadores da 2ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) negaram recurso com pedido de danos morais e materiais contra o Estado pela morte do marido, Ferdinando Tonelli. O italiano morreu em junho de 2015 por falência múltipla de órgãos, choque séptico, pneumonia e doença arterial obstrutiva agravada por um acidente vascular cerebral, segundo laudo do Instituto de Medicina Legal (IML). Ferdinando cumpria pena na Penitenciaria Professor Barreto Campelo também pelo assassinato de Jennifer Kloker. Na Justiça, a defesa de Delma alegou que Tonelli faleceu porque houve negligência do Estado em relação à saúde dele. Delma pediu uma indenização no valor de R$ 200 mil (de uma só vez), além de uma pensão alimentícia vitalícia, no valor de um salário mínimo para ela e para Pablo Tonelli - filho do casal e marido da turista alemã. Em primeira instância, a Justiça julgou o pedido improcedente. Por isso Delma entrou com recurso. Na nova decisão, os desembargadores pontuaram que "não há motivos para se concluir que, estando o mesmo fora do ambiente prisional, tivesse sido possível evitar a nova ocorrência de um AVC, ou mesmo a sua morte". O CASO JENNIFER Jennifer Kloker, de 22 anos, foi assassinada na BR-408, no município de São Lourenço da Mata, em fevereiro de 2010. Segundo a versão apresentada pela família à polícia, dois homens em uma moto encostaram no veículo onde Jennifer estava com o marido (Pablo Tonelli), os sogros (Ferdinando Tonelli e Delma Freire) e o filho de dois anos. Os supostos ladrões, então, teriam obrigado a família a sair do carro e entregar todos os pertences. Um dos bandidos teria levado Jennifer no automóvel e o outro seguiu de moto. A jovem foi encontrada morta às margens da rodovia. Dias depois, a versão de assalto começou a ser desmontada logo após divulgação dos dados fornecidos pelo GPS do carro locado pelos parentes da vítima.  O sistema de localização mostrou que o carro fez trajeto diferente do informado à polícia por Pablo Tonelli. A prova foi fundamental para a polícia começar a montar o quebra-cabeça e descobrir a trama articulada por Delma Freire, Pablo e Ferdinando Tonelli para matar Jennifer Kloker no Brasil e ficar com o seguro de vida, feito na Itália, avaliado em R$ 1 milhão. Em 2014, em um julgamento que durou quatro dias, todos os acusados pela morte da turista alemã foram condenados. LEIA TAMBÉM Há dois anos no STJ, pedido de novo júri para o Caso Serrambi segue indefinido Após quatro anos, Canibais de Garanhuns vão a júri popular novamente  

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