Decisão

CFM mantém cassação do diploma do médico Cláudio Amaro, condenado pela morte de Artur Eugênio

O cardiologista, que atuava em hospitais do Recife, está preso desde 2014 pelo assassinato do colega de profissão, Artur Eugênio de Azevedo

Raphael Guerra
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Raphael Guerra
Publicado em 21/01/2021 às 16:16
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Cirurgião Cláudio Amaro é apontado pela polícia como o mandante do assassinato de Artur Eugênio. - FOTO: Foto: JC Imagem
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O Conselho Federal de Medicina (CFM) manteve, por unanimidade, a cassação do direito de exercer a profissão de Cláudio Amaro Gomes, 63 anos. A decisão foi tomada na manhã desta quinta-feira (21), em julgamento por videoconferência. O famoso cardiologista, que atuava em hospitais do Recife, está preso desde 2014 pelo assassinato do colega de profissão, Artur Eugênio de Azevedo, 35.

O assassinato, que chocou o Estado naquele ano, foi motivado, segundo as investigações, por desavenças entre Cláudio e a vítima. Amaro teria sido o mandante o crime, que contou ainda com a participação do filho, Cláudio Amaro Gomes Filho, e mais três executores (um faleceu numa troca de tiros com a polícia). Todos estão condenados. 

Em abril de 2018, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (Cremepe), também por decisão unânime, já havia cassado o registro profissional de Cláudio Amaro, mas a defesa dele recorreu da decisão. Agora, o resultado final manteve a cassação. 

Também em 2018, o agora ex-cardiologista foi condenado na Justiça pelo homicídio. A pena foi de 27 anos de prisão, que está sendo cumprida no Centro de Observação e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima. A defesa dele está recorrendo em segunda instância, mas o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) ainda não tomou uma decisão. Cláudio Amaro nunca assumiu o crime. 

RELEMBRE O CASO

Cláudio Amaro Gomes, Claudio Amaro Gomes Júnior, Lyferson Barbosa da Silva, Flávio Braz de Souza e Jailson Duarte César foram denunciados pelo Ministério Público pela prática de homicídio duplamente qualificado como responsáveis pela morte de Artur Eugênio, executado com tiros na cabeça e nas costas na noite do dia 12 de maio de 2014, às margens da BR-101, próximo a Comportas, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife.

As investigações da Polícia Civil, comandadas pelo delegado Guilherme Caracciolo, apontaram que Artur foi seguido desde o local de trabalho e abordado quando chegava à sua residência, sendo levado ao local onde foi morto. O carro dele foi incendiado na mesma estrada, já no Recife.

Artur e Cláudio eram cirurgiões torácicos e trabalharam juntos, até Artur descobrir irregularidades cometidas por Cláudio em procedimentos cirúrgicos no Hospital das Clínicas, passando, segundo a família, a ser perseguido, situação que se complicou quando Artur passou a se destacar cada vez mais no cenário médico pernambucano.

 

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