Investigação

SDS investiga se servidores estão envolvidos no sumiço de armas da Polícia Civil

Dois delegados estão apurando o extravio de dezenas de armas que estavam sob a responsabilidade da Coordenadoria de Recursos Especiais, da Polícia Civil de Pernambuco

Raphael Guerra
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Raphael Guerra
Publicado em 11/01/2021 às 15:58
BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM
Armas de fogo que sumiram estavam sob a responsabilidade da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (CORE), da Polícia Civil - FOTO: BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM
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A Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social (SDS) confirmou, nesta segunda-feira (11), que está acompanhando as investigações relacionadas ao sumiço de dezenas de armas que estavam sob a responsabilidade da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), da Polícia Civil de Pernambuco. O inquérito também apura se servidores públicos estão envolvidos no extravio do armamento. 

A Polícia Civil mantém mistério sobre quantas armas foram levadas. Mas, fontes ouvidas nesta segunda-feira pela coluna Ronda JC, confirmaram que dezenas de armas - de vários calibres - não foram encontradas durante uma auditoria interna, que teve início em outubro do ano passado. No entanto, não se tratam de 280 (número especulado por um advogado trabalhista que denunciou o extravio pelas redes sociais). 

Em nota enviada à coluna, a assessoria da SDS afirmou que "desde que foi informada do fato foi instaurado um inquérito policial comum com designação de dois delegados. Simultaneamente à tramitação deste procedimento, a Corregedoria Geral da SDS, por meio de investigação preliminar, acompanha o resultado do inquérito e verifica se há participação de servidores públicos no extravio das armas para uma futura responsabilização administrativa disciplinar, caso se comprove tal envolvimento".

A coluna insistiu em saber, tanto com a Polícia Civil quanto com a SDS, a data em que foi descoberto o extravio das armas. No entanto, nenhuma informação foi dada sobre isso - apesar disso não atrapalhar as investigações. Delegados que têm conhecimento da investigação também foram procurados pela coluna, mas disseram estar proibidos de passar qualquer informação sobre o "misterioso sumiço". 

SILÊNCIO ATÉ PARA O MPPE

Mesmo diante do sumiço de dezenas de armas - o que pode acarretar no aumento da violência no Estado - o episódio está sendo tratado com muito sigilo. Até mesmo o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que tem como uma das atribuições o controle externo da atividade policial, não foi comunicado sobre o caso.

"Até o momento, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) não foi notificado. A instituição receberá o inquérito policial somente após a conclusão pela Polícia Civil de Pernambuco", informou, em nota, a assessoria de imprensa do MPPE. 

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