INVESTIGAÇÃO

Sargento da PM acusado de matar a esposa, no Grande Recife, é excluído da corporação

Após dois anos, Secretaria de defesa Social publicou punição ao policial militar

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Raphael Guerra

Publicado em 26/05/2021 às 15:55
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Um 3º sargento da Polícia Militar de Pernambuco foi excluído da corporação pela acusação de assassinar com um tiro a esposa no bairro do Janga, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. O crime foi em 26 de maio de 2019, ou seja, há exatamente há dois anos. A portaria que determinou a demissão do policial Nargel Nunes do Carmo foi assinada pelo pelo secretário de Defesa Social (SDS), Antônio de Pádua. 

De acordo com as investigações, à época dos fatos, o policial invadiu a academia de ginástica onde estava a esposa, Cleodenice Maria da Silva, de 42 anos, e atirou nela. A vítima chegou a ser socorrida por alunos do estabelecimento e levada para um hospital, mas não resistiu. O crime teria sido motivado, segundo a polícia, porque o policial achava que estava sendo traído. 

Logo após o assassinato, ele se apresentou no 1º Batalhão da PM e informou que a arma usada era particular. Ele foi preso em flagrante pelo crime. A vítima deixou dois filhos - na época eles tinham 22 e 13 anos. 

Na esfera administrativa, a Corregedoria da SDS decidiu pela punição máxima: a exclusão da corporação. Na esfera criminal, ele segue respondendo ao processo. A Primeira Vara Criminal da Comarca de Paulista ainda decidirá se o policial militar irá a júri popular pelo assassinato da esposa.

FEMINICÍDIOS EM ALTA

Entre janeiro e abril deste ano, 38 mulheres foram vítimas de feminicídio em Pernambuco, segundo estatísticas da SDS. Foram dez casos a mais do que no mesmo período de 2020. Um aumento acumulado de 35,7%. Somente no mês passado, foram 11 vítimas - um recorde nunca visto desde o ano de 2017, quando a SDS começou a contabilizar os feminicídios no Estado.

Thiago Lucas/ Artes JC
Vítimas de Feminicídios em Pernambuco - Thiago Lucas/ Artes JC

E os números chamam ainda mais atenção porque os homicídios de mulheres (incluindo os feminicídios e outras motivações) também cresceram no Estado. Foram 85 registros entre janeiro e abril contra 76 no mesmo período do ano passado.

 

 

 

 

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