O percentual de pessoas recuperadas da infecção pelo novo coronavírus em Pernambuco está acima da média nacional. O boletim epidemiológico divulgado, nesta quarta-feira (22), apontou que o Estado atingiu a marca de 60.119 pessoas que venceram a doença. Esse número representa 73,8% do total de moradores de municípios pernambucanos que já foram infectados. Entre os que se restabeleceram, 11.662 tiveram quadro grave da covid-19 e precisaram ser internados em leitos de enfermaria ou de terapia intensiva. Os outros 48.457 apresentaram sintomas leves. Do total de recuperados, 1.298 foram computados na quarta-feira (22). No Brasil, a média dos que superaram a doença é de 68,7%. O País tem 2.227.514 casos confirmados, 82.771 mortes pela doença e 1.532.138 pessoas que superaram a infecção.
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Na avaliação da gestão estadual, Pernambuco apresenta um cenário de estabilidade da epidemia, com permanência de queda no número de vítimas do novo coronavírus. O balanço atualizado traz que Pernambuco totaliza 81.382 casos da doença já confirmados, sendo 22.374 graves e 59.008 leves. Além disso, o Estado totaliza 6.152 mortes pela doença. Ao considerar esses dados junto ao volume de pacientes recuperados, Pernambuco passa a ter 15.111 casos ativos de covid-19, o que representa 18,5% do total de pessoas que já adoeceram pelo vírus nas cidades pernambucanas. Entre as pessoas que ainda permanecem com a doença em atividade e apresentaram quadro grave da doença, 333 estão em isolamento domiciliar após alta hospitalar e 4.227 permanecem internadas em unidades de saúde públicas e privadas: 348 em unidades de terapia intensiva (UTI) e 3.879 em leitos de enfermaria. Outros 10.551 casos ativos são de pessoas que estão com sintomas leves da covid-19 e se recuperam em isolamento domiciliar.
Ontem, ao destacar que o Plano de Convivência com a Covid-19 no Estado já ultrapassou os 50 dias, o governador Paulo Câmara considerou que os indicadores de estabilidade da curva epidêmica não podem ser motivo para baixarmos a guarda. “O trabalho para salvar vidas permanece. Temos o desafio diário de manter os índices de contaminação e de vítimas em queda e de, ao mesmo tempo, encarar a nova realidade das relações sociais e econômicas”, disse Paulo, ao enfatizar que a gestão continua a trabalhar com critério e responsabilidade ao longo do processo de flexibilização das atividades restringidas pelo isolamento social.
O Recife também tem apresentado aumento no número de pessoas que superaram a infecção. Com mais de dois meses seguidos de queda nos indicadores da pandemia, a cidade ultrapassou a marca de 20 mil pacientes recuperados da covid-19. Agora, de acordo com os dados da Secretaria de Saúde do Recife divulgados ontem, a capital tem 83,4% do total de infectados (24.512) recuperados – um percentual maior, inclusive, do que o de Pernambuco. Diferentemente do que tem acontecido no Brasil, a capital pernambucana tem uma queda de mais de 60 dias da velocidade de transmissão de novos casos do novo coronavírus. “Mas a pandemia ainda não acabou em lugar nenhum no mundo”, disse o prefeito Geraldo Julio ao reforçar esta semana a importância da prevenção no momento da reabertura de atividades socioeconômicas no Recife.
A cidade tem 2.006 casos ativos (pessoas que adoeceram e permanecem em acompanhamento), e isso equivale a 8,1% do total que já foi infectado (24.512) pelo novo coronavírus no município. Entre os moradores que ainda lutam contra a doença e apresentaram quadro grave, 51 evoluíram bem, receberam alta hospitalar e estão em isolamento domiciliar. Outros 303 estão internados tanto na rede pública quanto na privada.
“Temos visto uma queda consistente e progressiva dos casos confirmados, dos óbitos e de outros indicadores, como número de casos suspeitos, de chamados do Samu, do volume de novas internações e de atendimentos na atenção básica. Todos em queda nos últimos 2 meses. No entanto, a cautela tem sido a palavra de ordem na avaliação desses dados para que possamos tomar cada medida e cada passo, sempre observando as consequências diretas dessas medidas, já que estamos lidando com o desconhecido”, diz o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, ao ressaltar que a flexibilização das restrições deve seguir sem deixar de lado o monitoramento contínuo dos indicadores e a adoção de protocolos específicos para cada atividade socioeconômica.
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