Entrevista
Secretário admite que variante amazônica do coronavírus já deve estar circulando em Pernambuco
A variante tem maior potencial de contágio e já foi confirmada na Paraíba, estado vizinho a Pernambuco
Cadastrado por
Cássio Oliveira
Publicado em 11/02/2021 às 9:49
| Atualizado em 11/02/2021 às 10:34
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O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, admitiu que a variante amazônica do novo coronavírus (covid-19) já deve estar circulando pelo Estado. Em entrevista à Rádio Jornal, na manhã desta quinta-feira (11), Longo colocou que espera testes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para ter a certeza, mas acredita que a variante já está espalhada por todo o País.
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"Acredito que sim, que essa variante já circula em todo o Brasil e só falta identificá-la. Há expectativa de que, até sexta-feira, teremos os primeiros resultados de estudo da Fiocruz e é possível que esteja circulando (em Pernambuco) e precisamos ver quais impactos disso. Ainda não temos clareza de quais seriam, mas ouvimos que há maior potencial de contágio", afirmou Longo.
Nessa quarta-feira (10), o Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB) confirmou que identificou no Estado a circulação de uma nova cepa do coronavírus. Segundo o secretário de saúde do estado, Geraldo Medeiros, trata-se da variante P1, identificada originalmente no Amazonas e que tem uma maior capacidade de infecção.
Pernambuco recebeu pacientes transferidos do Amazonas por falta de leitos e oxigênio no estado do norte para infectados pelo coronavírus. Questionado sobre os cuidados com esses pacientes para que se evite a infecção em pernambucanos, Longo disse que a preocupação se dá sobre pacientes que vieram direto para a rede privada de saúde.
"Houve uma debandada de pessoas daquela região (amazônica) e alguns estavam aqui na rede privada de saúde. Recebemos a informação de que alguns desceram do avião e foram para hospitais privados e, no atendimento, foram para a UTI. Infelizmente, pelo caos em Manaus, tivemos essa circulação de forma indiscriminada. Então essas pessoas preocupam mais do que os que foram transferidos para a rede estadual", afirmou.