Covid-19: em meio a platô alto, Samu chega a quase 100 chamados em único dia no Recife
De 97 ligações por causas respiratórias, 67 pessoas precisaram ser socorridas, o que levou ao acionamento de ambulâncias para o atendimento
Balanço do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Recife, divulgado nesta sexta-feira (7), mostra que, apenas no dia anterior (6), foram registradas 97 ligações de pessoas com problemas respiratórios e quadro sugestivo de covid-19. Desse total, 67 precisaram ser socorridas, o que levou ao acionamento de ambulâncias para o atendimento. Esses números revelam aumento significativo de procura pelo serviço, em comparação a dias anteriores, e denotam o quanto o novo coronavírus, aliado a demais doenças respiratórias, continua a trazer preocupações.
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O total de 97 chamados por dia, por causas respiratórias, é o mesmo de 24 de março, mês em que o Samu Recife começou a vivenciar a pressão da segunda onda da pandemia na capital pernambucana. É o maior número de registros de ocorrências respiratórias deste ano. Em janeiro, segundo dados do Samu, o volume de ligações para atendimento a casos com sintomas de covid-19 era de até 30 pessoas diariamente. Mas na primeira semana de março, esse indicador chegou a ser de 61 chamados por dia.
Em 2020, maio foi o mês com o maior número de envios de ambulâncias, tanto para atendimentos gerais quanto respiratórios. Já em 2021, o maior volume foi em março, cuja maior média móvel foi de 60,9. Atualmente, esse indicador está em 48,6; já as gerais é de 34,9.
Atualmente o Samu conta com 30 ambulâncias circulando na capital pernambucana: 24 delas funcionam com estrutura para oferecer suporte básico aos pacientes e outras 6 dão assistência mais especializada — são as chamadas unidades de terapia intensiva (UTIs) móveis. "Antes do novo coronavírus, tínhamos 21 ambulâncias. No início da pandemia, esse número subiu para 26. Agora são 30, pois precisamos dar conta das suspeitas de covid-19 e dos chamados gerais, como acidentes de trânsito", explica o coordenador-geral do Samu Metropolitano do Recife, Leonardo Gomes.
O médico faz questão de ressaltar que ainda não é momento de a população relaxar diante das medidas restritivas, pois o contágio ainda precisa cair bastante. "A estabilização que temos percebido, nos últimos dias, ainda traz números altos. Não sabemos se isso ainda vai se traduzir numa virada (queda) de curva epidêmica. Precisamos aguardar ainda mais uns dez dias para uma melhor análise", salienta Leonardo.