Covid-19: imunização dos adultos protege crianças e adolescentes, afirma Dimas Covas
Presidente do Instituto Butantan frisou que, independentemente da autorização da aplicação da vacina contra covid em crianças e adolescentes, a imunidade contra o novo coronavírus deve ser alcançada quando cerca de 75% da população tiverem sido vacinados
O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, voltou a ressaltar que a imunização dos adultos é capaz de proteger contra a covid-19 também crianças e adolescentes. A afirmação foi feita na sexta (11), durante a entrega ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, de um novo lote de 800 mil doses da CoronaVac, vacina do Butantan desenvolvida em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
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“Quando você protege os adultos, essa proteção se estende também à população de crianças e adolescentes”, explicou Dimas Covas. “Isso foi demonstrado de forma muito clara no nosso estudo em Serrana, o Projeto S, em que o número de casos e de manifestações clínicas caiu em todas as faixas etárias”, completou.
Para Dimas Covas, independentemente da autorização da aplicação da vacina em crianças e adolescentes, a imunidade contra o novo coronavírus deve ser alcançada a partir do momento que cerca de 75% da população tiverem sido vacinados. “É importante concluirmos a vacinação dos adultos, das pessoas com mais de 18 anos, para trazer o mais rapidamente possível esse cinturão de proteção”, ressaltou o presidente do Instituto Butantan.
Na manhã desta sexta (11), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permitiu a aplicação de uma das vacinas contra o novo coronavírus utilizadas no Brasil, a da Pfizer, ao público de 12 a 15 anos (adolescentes de 16 e 17 anos já estavam autorizados). Na China, a CoronaVac foi aprovada para ser usada por crianças e adolescentes de 3 a 17 anos após ter sua eficácia e segurança comprovadas em estudos clínicos também neste público. A documentação dessa pesquisa foi encaminhada pela Sinovac ao Butantan.
A imunização de menores de 18 anos, no entanto, continua fora do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19.