Gripe H3N2: sobe para seis o número de mortes no Recife, e infecções pela influenza ultrapassam 1,2 mil casos
Os casos de gripe seguem aumentando de forma acelerada
A Secretaria de Saúde do Recife (Sesau) informa, na noite desta quarta-feira (29), que o município já confirmou, até o momento, 1.247 casos de influenza subtipo A (H3N2). Desse total, seis morreram em decorrência de complicações causadas pela gripe. Todas as mortes, segundo a Sesau, foram confirmadas por critério laboratorial. Os pacientes que foram a óbito tinham idades entre 46 e 69 anos.
Os casos de gripe seguem aumentando de forma acelerada. Até a segunda-feira (27), menos de dez dias após a confirmação dos seus dois primeiros casos, a capital totalizava 818 casos de influenza A (H3N2) e três óbitos.
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Inclusive, nos últimos dias, os registros do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) da Prefeitura do Recife por causas respiratórias acompanham a subida de casos de gripe que ocorre na capital pernambucana. Só no último domingo (26), o Samu Recife recebeu 68 chamadas de pessoas com queixas de sintomas gripais.
Com base nos relatos dos pacientes, o serviço enviou 46 ambulâncias para atender os casos de síndrome respiratória aguda grave (srag), condição considerada suspeita de covid-19 e de gripe, e encaminhar a unidades de saúde.
Estado
Pernambuco confirmou os primeiros casos de influenza H3N2 no dia 18 deste mês. Desde então, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou 1.592 infecções por gripe (1.578 causadas por H3N2) e cinco mortes.
Até agora, segundo mostra o perfil dos adoecimentos por faixa etária em Pernambuco, a nova cepa não atingiu com a mesma intensidade todas as faixas etárias.
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A doença, até então, tem se manifestado de forma acentuada na população de adultos jovens. Dos 1.578 casos de H3N2, 53% ocorreram em pessoas de 20 a 39 anos no Estado. Esse retrato etário pode refletir o comportamento desse grupo diante das medidas de prevenção das doenças respiratórias, como a covid-19 e a gripe. Com dois anos de pandemia do coronavírus, a população enfrenta uma fase de fadiga das condutas de proteção. Nas ruas, muita gente retoma hábitos da rotina que tinha antes da pandemia (sem máscara e sem distanciamento, por exemplo), apesar do avanço da influenza e do surgimento de nova variante do coronavírus, a ômicron.
O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, tem dito frequentemente que "a adoção e o reforço no distanciamento físico, no uso correto da máscara e na lavagem das mãos são uma questão de proteção à vida".
E mais: assim como ele, especialistas também têm reforçado que é necessária uma atenção especial aos idosos, às crianças e às pessoas com doenças crônicas. Afinal, quando adoecem por gripe, formam um grupo mais suscetíveis a complicações decorrentes da infecção. No Estado, na faixa etária até os 9 anos, são 52 casos de H3N2 até então. Dos 10 aos 19 anos, considerado também um grupo etário pediátrico, são 117 casos. Entre os cinco óbitos confirmados até agora, um foi de uma menina de 1 ano e 5 meses que tinha um distúrbio de coagulação, segundo a SES.
Confira a distribuição dos 1.578 casos de influenza H3N2 de acordo com a faixa etária em Pernambuco:
- 0 a 5 anos: 34 casos
- 6 a 9 anos: 18 casos
- 10 a 19 anos: 117 casos
- 20 a 29 anos: 465 casos
- 30 a 39 anos: 369 casos
- 40 a 49 anos: 228 casos
- 50 a 59 anos: 135 casos
- A partir dos 60 anos: 212 casos