PISO SALARIAL ENFERMAGEM: categoria promete ir às ruas contra decisão de Barroso, que suspendeu o pagamento do piso
Decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, gerou fortes reações da categoria
* A reportagem está em atualização
A decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, em suspender o piso salarial da enfermagem neste domingo (4) já começa a gerar reações de categorias sindicais.
O Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco realizou uma live ainda na tarde do domingo, com falas do presidente Francis Hebert.
Ele convocou os profissionais à estarem em alerta para mobilizações em todo o Brasil e em especial no estado de Pernambuco.
"Não vamos aceitar e vamos continuar na luta. Vamos fazer uma reunião ainda hoje, convocando a categoria para estar tomando alguma decisão na Assembleia. Não vamos deixar as coisas ficarem ao bel-prazer dos empresários, acobertados pelo STF", disse.
"Convocamos todos a ficarem de alerta, pois até a próxima terça-feira vamos nos reunir e buscar apresentação do Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco e da Associação Brasileira De Enfermagem De Pernambuco para discutirmos quais serão os próximos passos", disse Herbert.
O presidente do sindicato reforçou o alerta da categoria ao afirmar da possibilidade de protestos nas ruas. "Nós vamos às ruas, vamos fazer que o Brasil inteiro tenha condições de mostrar a força que a enfermagem tem", disse.
O Conselho Regional de Enfermagem também se manifestou em nota. "O Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem está apurando a decisão e as estratégias para derrubada da liminar. Retornaremos com mais informações em breve".
Barroso, do STF, suspende pagamento do piso salarial da enfermagem
A decisão do STF vale até os governos informarem de forma detalhada, em até 60 dias, o impacto da lei. O piso salarial da enfermagem seria pago pela primeira vez nesta segunda-feira (5), garantindo uma remuneração mínima para enfermeiros fixada em R$ 4.750.
Dessa forma, 70% desse valor (R$ 3.325) para técnicos; 50% (R$ 2.375) para auxiliares e parteiras. Em todo o Brasil, mais de 2,6 milhões de profissionais serão impactados com o piso salarial.
O ministro Luís Roberto Barroso atendeu a um pedido de entidades do setor que, desde antes da aprovação do piso, falam sobre risco de demissão em massa de profissionais da enfermagem e de sobrecarga na rede.