MPOX VACINAÇÃO: Recife começa a imunizar contra MPOX; veja quem pode tomar a vacina

A capital pernambucana recebeu, nesta segunda-feira (20), 65 doses da vacina enviadas pelo Ministério da Saúde
Cinthya Leite
Publicado em 20/03/2023 às 15:52
A capital pernambucana recebeu ontem 65 doses da vacina contra mpox enviadas pelo Ministério da Saúde Foto: IKAMAHÃ/PREFEITURA DO RECIFE


A partir desta terça-feira (21), a Prefeitura do Recife vai iniciar a vacinação contra a varíola causada pelo vírus mpox (anteriormente chamado de monkeypox ou varíola dos macacos) para os moradores da capital.

Nesta primeira fase da campanha, segundo o Ministério da Saúde, receberão o imunizante as pessoas que vivem com HIV/aids e os profissionais de laboratórios que atuam em locais de exposição ao vírus.

A capital pernambucana recebeu, nesta segunda-feira (20), 65 doses da vacina enviadas pelo Ministério da Saúde.

A estratégia de vacinação tem como objetivo principal a proteção de pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença.

TEM VACINA CONTRA MONKEYPOX? 

A vacina utilizada será a MVA-BN Jynneos Mpox, cujo uso foi aprovado de forma emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para bloquear a transmissão da doença.

A imunização será realizada em duas doses, com 4 semanas (28 dias) de intervalo entre elas.

Para facilitar a imunização dos públicos-alvo, os profissionais da Secretaria de Saúde do Recife vão realizar a busca ativa dos moradores da capital que atendem aos critérios elegíveis e realizam tratamentos nos dois Serviços de Atenção Especializada (SAE) do município, localizados nas Policlínicas Lessa de Andrade, na Madalena; e Gouveia de Barros, na Boa Vista.

Essas pessoas serão informadas, por telefone e pelo site ou aplicativo Conecta Recife, sobre os detalhes da imunização e poderão agendar o dia e horário de sua preferência para receber a vacina.

QUEM DEVE TOMAR A VACINA MONKEYPOX? 

Conforme definição do Ministério da Saúde, nesta primeira fase serão contemplados com a vacinação pré-exposição ao vírus: homens, pessoas transexuais e travestis a partir de 18 anos que vivem com HIV/aids e têm status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses; profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3) e que tenham entre 18 e 49 anos.

Já no grupo de pós-exposição ao vírus, poderão receber o imunizante os indivíduos entre 18 e 49 anos que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas com suspeita ou confirmação de mpox.

Nesse caso, a exposição precisa ser classificada como de alto risco (contato direto com a pele, mucosas ou materiais potencialmente infecciosos de pessoas com quadro suspeito ou confirmado da doença) ou médio risco (apenas contato próximo com uma pessoa com teste positivo para o vírus).

Essas pessoas devem buscar o serviço em até 4 dias após a exposição.

É importante destacar que aqueles que já foram diagnosticados com mpox ou apresentarem uma lesão suspeita no momento da vacinação não deverão receber a dose.

Além disso, para a vacinação pré-exposição é recomendado um intervalo de 30 dias entre qualquer vacina previamente administrada.

Já aqueles que estiverem em situação de pós-exposição, a recomendação é que a aplicação seja realizada independentemente da administração prévia de qualquer imunobiológico.

A capital pernambucana confirmou, entre 11 de julho de 2022 e 13 de março de 2023, 212 casos de mpox.

Não houve registro de óbito de mpox no Recife. 

A doença, anteriormente chamada de monkeypox, é transmitida, principalmente, por meio de contato com sangue, suor, secreções respiratórias, feridas de pele ou mucosas de pessoas infectadas, além do toque em objetos e superfícies contaminadas.

Os sintomas de mpox, geralmente, começam a aparecer três semanas após a contaminação com o vírus. As feridas da doença podem se espalhar por todo o corpo (rosto, dentro da boca, braços, pernas, peito, genitais ou ânus).

As lesões passam por diversos estágios, mas, na fase inicial, se assemelham a espinhas.

Outros sintomas podem surgir, como forte dor de cabeça, caroço em região de pescoço e virilha, dores nas costas, dores musculares, falta de energia e calafrios.

A doença tem período limitado e determinado, com duração, normalmente, de duas a quatro semanas.

 

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