A Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) confirma a primeira morte por dengue este ano no Estado: uma mulher idosa de 62 anos, que tinha comorbidades.
Ela era moradora de Limoeiro, cidade do Agreste pernambucano.
Segundo a SES-PE, ela tinha hipertensão e diabetes. Além disso, era fumante.
O óbito ocorreu no dia 26 de abril. As mortes por arboviroses, quando notificadas à SES-PE, passam por um processo de investigação para a confirmação, o que demanda tempo. Por isso, os óbitos provocados por dengue, chicungunha ou zika não são confirmados de imediato.
Especialistas destacam que pacientes com comorbidades (doenças crônicas), ao serem infectados pelos vírus da dengue, têm um risco aumentado de evoluir para as formas graves e complicações da doença.
Com o óbito confirmado por dengue, Pernambuco agora totaliza quatro mortes causadas por arboviroses. As outras três foram decorrentes de complicações da chicungunha.
Os quadros mais severos da dengue também são mais frequentes nos extremos da vida - ou seja, entre crianças e idosos a partir dos 60 anos.
No Estado, só este ano, foram notificados 13.900 registros de pessoas que adoeceram com sintomas de dengue. Desse total, 1.403 casos já foram confirmados.
Os números de dengue levam em consideração os registros feitos este ano, até 3 de junho.
Atualmente, no Estado, foi identificada a circulação de dois sorotipos da dengue: DENV-1 e DENV-2.
O boletim da SES-PE destaca que:
Além disso, o boletim alerta que 8 municípios pernambucanos (Bom Conselho, Camaragibe, Caruaru, Igarassu, Jaboatão dos Guararapes, Paudalho, Recife e São Lourenço da Mata) registraram caso confirmado na forma grave da dengue, chamada popularmente de dengue hemorrágica (condição com alterações da coagulação sanguínea)
Dengue grave é todo caso da infecção que apresenta uma ou mais das condições a seguir:
Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue se manifesta de forma leve ou assintomática na maioria dos casos.
Mas uma em cada 20 pessoas pode desenvolver a forma grave, também chamada de dengue hemorrágica, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.
O risco é maior quando o indivíduo sofre uma segunda infecção, o que pode ocorrer devido à existência de quatro subtipos do vírus (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4).
No caso da dengue, as células de defesa podem falhar durante a segunda infecção para neutralizar a ameaça do Aedes aegypti.
Os 5 sintomas clássicos da dengue incluem:
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o paciente pode entrar na chamada fase crítica da doença depois de três a sete dias do início dos sintomas, quando a febre começa a baixar.
Nesse momento, sinais da dengue grave podem se manifestar:
Como não existe uma terapia específica para a dengue, o tratamento é feito com base em hidratação (beber bastante água) e medicamentos para controlar os sintomas, como paracetamol.
Deve-se evitar anti-inflamatórios não esteroides, como ibuprofeno e aspirina, já que eles afinam o sangue e aumentam o risco de hemorragias.