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Saúde e Bem-estar

Por Cinthya Leite e equipe
OMS

CHINA PNEUMONIA MISTERIOSA: OMS pede informações à China sobre aumento de doenças respiratórias

OMS recomendou que as pessoas tomem medidas para reduzir o risco de infecção

Cadastrado por

Cinthya Leite

Publicado em 23/11/2023 às 11:51 | Atualizado em 23/11/2023 às 11:52
Crianças recebem soro em um hospital infantil, em Pequim, nesta quinta-feira (23) - JADE GAO/AFP

Com informações da AFP

A Organização Mundial da Saúde (OMS) solicitou informações adicionais à China sobre o aumento de doenças respiratórias no norte do país. Sobre isso, Pequim não comentou publicamente até o momento.

A OMS diz que a região norte da China registra um aumento das "doenças semelhantes à gripe", desde meados de outubro, na comparação com o mesmo período dos três anos anteriores.

"A OMS encaminhou um pedido oficial à China para obter informações detalhadas sobre o aumento de doenças respiratórias e de surtos de pneumonia em crianças", afirma um comunicado da organização internacional publicado na rede social X (antigo Twitter). 

A OMS não informou qual foi a resposta da China ao pedido.

Nesta quinta-feira (23), a OMS recomendou que as pessoas tomem medidas para reduzir o risco de infecção. Entre elas, manter distância das pessoas doentes, ficar em casa em caso de sintomas, fazer testes e usar máscara, se necessário, além de manter os locais bem ventilados e lavar as mãos.

No dia 21 de novembro, a imprensa e o Programa de Monitoramento de Doenças Emergentes (ProMED-mail), que está entre os maiores sistemas de notificação de surtos e doenças emergentes disponíveis publicamente no mundo, relataram surtos de pneumonia desconhecida em crianças de Pequim e Liaoning, na China.

Um morador de Pequim, identificado apenas como sr. W, chegou a informar que as crianças não tossem, mas têm febre alta - e muitos desenvolvem nódulos pulmonares. 

Os moderadores do ProMED-mail ressaltam que é preciso aguardar informações mais conclusivas e que o alerta sugere uma "doença respiratória não diagnosticada" entre crianças.

A Comissão Nacional de Saúde não respondeu ao pedido de informações, apresentado pela AFP, nesta quinta-feira.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, afirmou que os jornalistas devem procurar "as autoridades competentes chinesas".

A Comissão Nacional de Saúde anunciou à imprensa, na semana passada, que o aumento dos casos de doenças respiratórias era consequência da suspensão das restrições anticovid e da circulação de agentes patógenos conhecidos.

A capital chinesa, no norte do país, enfrenta uma onda de frio. A previsão para sexta-feira (24) é de temperatura abaixo de zero.

As temperaturas caíram quando Pequim "entrou na temporada de alta incidência de doenças respiratórias infecciosas", afirmou o vice-diretor e epidemiologista do centro de prevenção de doenças de Pequim, Wang Quanyi, à imprensa estatal.

Pequim "mostra atualmente uma tendência de coexistência de múltiplos patógenos", disse.

No Hospital do Instituto de Pediatria de Pequim, correspondentes da AFP observaram muitos pais com seus filhos na sala de espera.

Uma mulher, que revelou apenas o sobrenome Zhang, acompanhava o filho de nove anos que, segundo ela, está com pneumonia. "Muitas crianças ficaram doentes recentemente", declarou.

Li Meiling, 42 anos, disse que a filha de oito anos sofre pneumonia por micoplasma, um patógeno que causa dor de garganta, fadiga e febre.

A mãe, no entanto, disse que não está "muito preocupada" com o alerta da OMS. "É inverno. É normal que aconteçam mais casos de doenças respiratórias", afirmou.

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