Diante da aparição da maré vermelha - fenômeno que ocorre por excesso de algumas espécies de algas no mar, muitas delas vermelhas e que soltam toxinas - na praia de Tamandaré, no Litoral Sul de Pernambuco, a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) está monitorando a região onde pescadores e banhistas apresentaram possíveis casos de intoxicação.
Entretanto, enquanto técnicos do laboratório da Agência realizam a coleta de amostras em diversos pontos do Litoral do Sul do Estado, a CPRH orienta que os banhistas tenham cautela e observe as características do mar. Ou seja, se constatarem a água com uma coloração ou odor diferente, o aconselhável é evitar o banho.
"Esse fenômeno é popularmente conhecido como tingui, que é uma floração de Algas Nocivas. Então, como essas florações de algas nocivas são influenciadas pelas correntes marinhas e pela direção dos ventos, estão em constante movimento, podendo se dissipar a qualquer momento", explicou a Agência Estadual de Meio Ambiente.
Ainda de acordo com a CPRH, em análise preliminar realizada nos locais, os técnicos não identificaram coloração ou odor diferente da água, mas que na próxima semana, a Agência vai divulgar o relatório com o resultado das análises das amostras. A expectativa é que esse documento seja concluído e apresentado à imprensa na próxima terça-feira (6).
Até o momento, quase 300 pessoas - a maioria pescadores - apresentaram sintomas de intoxicação relacionada ao fenômeno da maré vermelha, dentre elas: dor de cabeça, mal-estar, dor no corpo, náusea, dor abdominal, vômitos, irritação nos olhos, na garganta e nas narinas. Além de manifestações na pele, mesmo com contato direto ou indireto com o mar.
Casos em Alagoas
Além da Praia de Tamandaré, também foram registrados casos de intoxicação na Barra de Santo Antônio, Litoral Norte de Alagoas. De acordo com a imprensa alagoana, cerca de 200 pessoas deram entrada em uma unidade de emergência.