Saúde

Febre do Oropouche em surto no Brasil? Saiba o que é, sintomas e como se proteger

A febre do Oropouche é uma doença viral com sintomas parecidos a dengue

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Luana Simões

Publicado em 01/03/2024 às 9:14
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A febre do Oropouche é uma doença viral causada pelo vírus Oropouche (OROV), que pertence à família dos Bunyaviridae, gênero Orthobunyavirus. Casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos estados da região Amazônica.

O vírus é transmitido principalmente por mosquitos do gênero Culicoides, que são vetores comuns em áreas tropicais e subtropicais. A doença recebeu esse nome devido à sua identificação inicial na cidade de Oropouche, no estado do Pará, Brasil, em 1961.

Autoridades de saúde estão investigando o primeiro caso da Febre do Oropouche (FO) no estado do Rio de Janeiro depois que um homem de 42 anos contraiu a doença após uma recente viagem ao Amazonas.

Este ano, o estado já contabiliza 1.398 casos confirmados da febre, um aumento significativo em relação ao ano passado (número três vezes maior). Contudo, especialistas consideram que há um risco baixo de surto da doença fora de regiões específicas e aconselham que não há necessidade de alarme.

Veja a seguir as principais informações da doença e como se prevenir:

SINTOMAS FEBRE DE OROPOUCHE

Os sintomas da febre do Oropouche podem incluir sintomas parecidos com a de chikungunya, por é importante que profissionais da área de vigilância em saúde sejam capazes de diferenciar essas doenças por meio de aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais e orientar as ações de prevenção e controle.

Os sintomas da febre de Oropouche são:

  • febre aguda,
  • dor de cabeça intensa,
  • mialgia (dores musculares),
  • artralgia (dores articulares),
  • fadiga,
  • náuseas e vômitos.

Geralmente, os sintomas duram de alguns dias a algumas semanas.

TRATAMENTO FEBRE DE OROPOUCHE

O diagnóstico da febre do Oropouche é feito com base nos sintomas clínicos e em testes laboratoriais específicos, como a detecção do material genético viral por meio de técnicas de biologia molecular, como a reação em cadeia da polimerase (PCR).

O tratamento da febre do Oropouche é principalmente sintomático, focado no alívio dos sintomas, como a febre e a dor, com medicamentos analgésicos e antipiréticos. Não há vacina disponível para prevenir a infecção por Oropouche, então a prevenção se concentra na redução da exposição aos mosquitos vetores, através de medidas como o uso de repelentes de insetos, roupas protetoras e telas em janelas e portas.

Embora a febre do Oropouche seja uma doença geralmente autolimitada e não fatal, a vigilância epidemiológica é importante para monitorar e controlar a propagação da doença, especialmente em áreas onde a atividade do vírus é endêmica.

TRANSMISSÃO FEBRE DE OROPOUCHE

Segundo o Ministério da Saúde, existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença:

  • Ciclo Silvestre: Nesse ciclo, os animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus. Alguns tipos de mosquitos, como o Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus, também podem carregar o vírus. O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor nesse ciclo.
  • Ciclo Urbano: Nesse ciclo, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O mosquito Culicoides paraenses também é o vetor principal. O mosquito Culex quinquefasciatus, comumente encontrado em ambientes urbanos, pode ocasionalmente transmitir o vírus também.

PREVENÇÃO FEBRE DE OROPOUCHE

  • Evitar áreas onde há muitos mosquitos, se possível.
  • Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele.
  • Manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.
  • Se houver casos confirmados na sua região, siga as orientações das autoridades de saúde local para reduzir o risco de transmissão, como medidas específicas de controle de mosquitos.

Com informações do Ministério da Saúde.

“A matéria apresentada neste portal tem caráter informativo e não deve ser considerada como aconselhamento médico. Para obter informações fornecidas sobre qualquer condição médica, tratamento ou preocupação de saúde, é essencial consultar um médico especializado.”

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