Computador transforma pensamento em ação em pacientes neurológicos

Pesquisadoras pernambucanas apresentarão palestra nos Estados Unidos sobre interface cérebro-máquina, uma órtese ligada ao pensamento do usuário

Publicado em 30/09/2024 às 12:35 | Atualizado em 30/09/2024 às 12:40

Pesquisadoras pernambucanas apresentarão em março de 2025, em Washington, nos Estados Unidos, uma palestra sobre interface cérebro-máquina, que transforma o pensamento em ação em pacientes neurológicos.

Pacientes que, por exemplo, sofreram Acidente Vascular Cerebral (AVC) e ficaram com movimentos limitados podem contar com o auxílio da interface cérebro-máquina no tratamento.

Através da ativação cerebral, a órtese (dispositivo que ajuda nas funções de um membro) se mexe, ou seja, transforma o “pensar no agir”. O paciente que não consegue se mover em decorrência da lesão cerebral pensa no movimento do membro, o equipamento envia o comando e a órtese se mexe de acordo com o desejo do paciente.

Palestra internacional

Em Pernambuco, a Clínica Fisio FPS e a Neurobots tiveram trabalho aprovado pela Sociedade Americana de Terapias de Mãos e concederão palestra sobre o assunto em março, em Washington, nos Estados Unidos.

“Isso vai ajudar na neuroplasticidade. A mão dele, que não está funcionando adequadamente, vai se movimentar com a órtese graças ao cérebro. Além do que, para pensar no movimento, você vai ter que estabelecer memórias que muitas vezes já estão em desuso”, explicou Marcela Moreira, coordenadora da Clínica Fisio FPS.

De acordo com a fisioterapeuta, outro benefício é que o movimento não acontece “à toa”. Para ele ser realizado, o paciente precisa estar bem concentrado, envolvido na atividade. Desse modo, é preciso um trabalho motor, cognitivo, perceptual e vários outros domínios que estão sendo estimulados. Os estudos sugerem um resultado superior quando comparado à terapia convencional.

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