Atividade física e hábitos saudáveis ajudam a prevenir vários tipos de câncer

Estudos mostram que ao menos 150 minutos de exercício por semana ajudam a prevenir cânceres de mama, próstata, cólon, reto e pulmão

Publicado em 30/10/2024 às 11:05

Dados da Sociedade Brasileira de Oncologia revelam que 27% dos casos de câncer no Brasil poderiam ser evitados com a adoção de um estilo de vida saudável.

A obesidade e o sobrepeso aumentam o risco de, pelo menos, dez tipos de câncer, o que reforça a necessidade de estimular a sociedade a adquirir uma rotina de exercícios físicos.

Para a oncologista Cristiana Tavares, do Hospital Santa Joana Recife, a prática regular de exercícios físicos é uma das maneiras mais eficazes de reduzir o risco de diversos tipos de câncer, como o de mama, cólon e próstata.

“As atividades físicas ajudam a regular o corpo, equilibram os níveis hormonais e podem diminuir as chances de surgimento de tumores. Além disso, fortalece o sistema imunológico e reduz a inflamação crônica extremamente prejudicial. Esses são fatores que estão ligados ao desenvolvimento do câncer”, explica a médica.

Prevenir o desenvolvimento de tumores e tratá-los nos estágios iniciais pode salvar milhões de vidas todos os anos. Segundo as estimativas para o triênio de 2023 a 2025, o Brasil pode registrar 73.610 novos casos de câncer de mama.

Estudos recentes indicam que entre 20% e 40% desses casos poderiam ser prevenidos com a prática regular de atividades físicas ao longo da vida.

Cristiana Tavares explica que, além de ajudar no controle do peso corporal e na adoção de hábitos alimentares mais saudáveis, os exercícios físicos reduzem os níveis de gordura, o que é fundamental, já que o tecido adiposo é uma fonte de estrógenos que pode estimular o crescimento das glândulas mamárias.

“É importante, inclusive, que as pacientes continuem se exercitando durante o tratamento do câncer. Isso pode ser feito de forma adaptada e individualizada com atividades como caminhada, natação, dança, yoga, musculação ou pilates, respeitando o que cada paciente se sente confortável em fazer”, reforça a oncologista.

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