Daniel Alves, de 39 anos, preso por suspeita de estupro contra uma jovem de 23 anos, em Barcelona, na Espanha, vive uma semana decisiva.
Isso porque será entregue à Justiça o laudo do exame de DNA feito no banheiro da boate onde Daniel Alves teria praticado o estupro contra a vítima. O laudo do exame de corpo de delito da mulher também deve ser concluído.
Pela quarta vez, o jogador brasileiro mudou a versão relatada por ele para negar o suposto estupro.
De acordo com o jornalista Carlos Quílez, da emissora espanhola Antena 3, Daniel Alves reconheceu que houve penetração na jovem. No entanto, o jogador reafirmou que o sexo foi consensual.
No início de janeiro, Daniel Alves havia dado uma entrevista confirmando que esteve na mesma boate que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela.
No depoimento à Justiça, no dia em que foi preso preventivamente, Daniel Alves afirmou ter tido relações consensuais com a mulher. A contradição teria sido determinante para a juíza espanhola Anna Marín ordenar a prisão dele, no dia 20 de janeiro.
"INDÍCIOS MAIS QUE SUFICIENTES"
Segundo informações divulgadas na semana passada pelo jornal catalão "El Periódico", a juíza vê "indícios mais que suficientes" de que o crime foi cometido.
O jornal disse ter tido acesso a documentos sobre a investigação. Segundo o periódico, a declaração da magistrada estava escrita nos autos.
A juíza ainda decidirá se o jogador brasileiro será levado a julgamento.
DEFESA DE DANIEL ALVES APRESENTOU PEDIDO DE LIBERDADE
Os advogados de Daniel Alves já entregaram à Justiça um pedido para que ele aguarde o julgamento em liberdade.
No recurso, os advogados alegaram que o jogador não estuprou a mulher que procurou a polícia para denunciá-lo. A defesa disse que relação foi consensual, como argumentou o jogador.
Pesam, no entanto, os argumentos da Promotoria, que afirmou ter provas suficientes que comprovam o crime de agressão sexual.
PRISÃO DE DANIEL ALVES
Daniel Alves foi detido ao dar depoimento sobre o caso de agressão sexual. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta, sem direito a fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido.
O atleta, que defendeu a seleção brasileira na Copa do Catar, teria agredido sexualmente a mulher no banheiro da casa noturna. Ela procurou as amigas e os seguranças depois do ocorrido.
A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã, que colheu depoimento da vítima. Ela também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.