O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou que o cantor Rafael Ilha, do antigo grupo musical Polegar, seja ouvido em um processo movido contra ele pela família de Marielle Franco por ofensa à honra e memória da vereadora.
A decisão é do juiz Sandro Lúcio Barbosa Pitassi, da 37ª Vara Cível.
O processo, movido pelo pai, mãe, filha e viúva de Marielle Franco, pede que Rafael Ilha seja condenado ao pagamento de R$ 100 mil por danos morais.
Nos próximos dias, Rafael Ilha será ouvido através de carta precatória em São Paulo.
Marielle e o motorista Anderson Gomes foram assassinados, no Centro do Rio de Janeiro, em 14 de março de 2018.
Três anos e cinco meses após o assassinato de Marielle e Anderson, em agosto de 2021, Rafael teria afirmado no podcast "Cortes de Inteligência" que a vereadora era envolvida com o crime: "Foi casada com traficante" e "eleita pelo crime organizado".
Por ordem da Justiça do Rio, as ofensas já foram retiradas de sites de busca na internet. Foi determinado ainda, pelo juiz Sandro Pitassi, que o conteúdo do IP e URLs contendo as ofensas do cantor contra Marielle terão que ficar guardadas pelo Google até o final do processo.
Flávio Dino determina novo inquérito sobre mortes de Marielle e Anderson
Com Agência Brasil
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou, nessa semana, a instauração de um novo inquérito da Polícia Federal para ampliar a colaboração com as investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, que conduzia o veículo em que ela estava.
Sem conclusão sobre mandantes e motivações, o crime está prestes a completar cinco anos.
"Estamos fazendo o máximo para ajudar a esclarecer tais crimes", disse o ministro, ao anunciar a medida nas redes sociais.
A portaria instaura o inquérito determinando que as investigações apurem todas as circunstâncias que envolvem os crimes.
As investigações da Polícia Civil e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro apontaram o sargento reformado e expulso da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) Ronnie Lessa como o autor dos disparos, com colaboração do ex-policial militar Élcio Queiroz.
Eles estão presos preventivamente desde 2019 e respondem por duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima) e pela tentativa de homicídio contra uma assessora de Marielle, que também estava no veículo e sobreviveu.