O secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho, afirmou, nesta sexta-feira (1º), que a desativação das 358 câmeras de videomonitoramento, pertencentes ao Estado, não devem ter impacto nas investigações de crimes. Segundo ele, a maioria dos casos de violência são solucionados a partir de equipamentos particulares. Mesmo assim, o governo do Estado vai lançar licitação para aquisição de 2 mil câmeras.
A declaração foi dada em entrevista ao programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal. Segundo ele, as 358 câmeras estavam instaladas em quatro municípios: Recife (240), Olinda (38), Caruaru (40) e Petrolina (40). Mas, por determinação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), a desativação foi realizada.
"O contrato é de 2012. Todo contrato tem possibilidade de prorrogação até determinado ponto. Depois, tem que abrir nova licitação para continuidade da prestação de serviços. o que corre é que, em agosto de 2020, essa possibilidade de prorrogações se encerrou. Teria que ter licitação para que o serviço fosse prestado sem quebra de continuidade, mas não foi o que ocorreu", afirmou.
"Esse serviço continuou sendo prestado, mas, em fevereiro desse ano, o TCE tomou decisão de que não havia mais possibilidade de continuar com a prestação de serviço, com contrato vencido, e o serviço está sendo interrompido hoje (sexta-feira)", completou.
EQUIPAMENTOS OBSOLETOS
O secretário pontuou que as câmeras que foram desativadas se tornaram obsoletas e antieconômicas: com baixa qualidade de resolução de imagem, os equipamentos impossibilitam na maioria dos casos a identificação da fisionomia e de placas de veículos, por exemplo, de envolvidos em ocorrências.
"Hoje, posso dizer que 80 a 90% dos crimes são solucionados com câmeras particulares (de residências ou comércios, por exemplo)", disse Carvalho.
NOVA LICITAÇÃO
Conforme anunciado na última segunda-feira, no lançamento do programa Juntos pela Segurança, o Estado pretende adquirir 2 mil câmeras. O edital para contratação da empresa responsável será publicado ainda no mês de dezembro. O custo está avaliado em R$ 100 milhões por ano.
A meta é que os novos equipamentos comecem a ser instalados em abril de 2024.