Notícias sobre segurança pública em Pernambuco, por Raphael Guerra

Segurança

Por Raphael Guerra e equipe
INVESTIGAÇÃO

Casal de turistas encontra câmera escondida em quarto de resort na praia de Muro Alto

Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o caso

Cadastrado por

Raphael Guerra

Publicado em 18/01/2024 às 13:28 | Atualizado em 19/01/2024 às 14:09
Câmera foi encontrada perto da cama onde o casal estava dormindo desde o último sábado - cortesia

Um casal de turistas de São Paulo descobriu que estava sendo filmado no quarto de um condomínio na praia de Muro Alto, no Litoral Sul de Pernambuco. Um boletim de ocorrência foi registrado na última terça-feira (16), na Delegacia de Porto de Galinhas.

As vítimas foram um comerciante e uma professora, ambos de 36 anos. O casal relatou à polícia que se hospedou no sábado, dia 13. No boletim de ocorrência consta que eles notaram que havia uma tomada perto da cama e que não era possível inserir qualquer conector, a exemplo de um carregador de celular.

No dia em que a queixa foi registrada, o casal prestou mais atenção e, com uso de uma lanterna de celular, percebeu que a luz estava refletindo pela tomada. Foi quando identificaram que se tratava de uma "tomada espião", equipamento que faz gravações de imagens. 

Preocupados com a possibilidade de divulgação de imagens íntimas na internet, o comerciante e a professora foram registrar a queixa. 

O nome do condomínio onde ocorreu o fato não será divulgado a pedido da polícia, já que existem vários proprietários, que podem ser prejudicados pelo erro de apenas um. 

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INVESTIGAÇÃO

O caso está sendo investigado com base no artigo 216-B, do Código Penal Brasileiro, que prevê pena de detenção de seis meses a um ano, além de multa, para quem reproduzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cenas de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes. 

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DELEGACIA ESTAVA SEM DELEGADO NO MOMENTO DA QUEIXA

No momento da queixa, na terça-feira à noite, a Delegacia de Porto de Galinhas estava sem delegado e sem escrivão. Havia apenas um agente da Polícia Civil no local. Os depoimentos das vítimas não foram colhidos - o que dificulta a agilidade necessária da investigação. 

Por causa disso, o casal, que já voltou para São Paulo, precisará ser ouvido por meio de carta precatória. 

Só há equipe completa na Delegacia de Porto de Galinhas de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Isso ocorre porque, desde o começo de janeiro, os delegados não estão mais participando do Programa de Jornada Extra de Segurança (PJES), que são plantões extras voluntários em dias de folga. 

Para minimizar o problema, a Polícia Civil criou "plantões virtuais", em que delegados que atuam em outras cidades podem registrar flagrantes e colher depoimentos por meio da internet. Mas, diante de tantas demandas, nem sempre esses relatos de vítimas são colhidos imediatamente. 

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