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EFEITOS DA PANDEMIA

Turismo acumula prejuízo de R$ 88 bilhões e pode perder 728 mil empregos

Dados publicados nesta quarta-feira (10) pela CNC também indicam perdas de R$ 2,52 bilhões em Pernambuco

Mona Lisa Dourado
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Mona Lisa Dourado
Publicado em 10/06/2020 às 12:22 | Atualizado em 12/06/2020 às 10:05
FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
Prejuízo cresceu em decorrência da suspensão das atividades turísticas para combate à proliferação da covid-19 - FOTO: FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM

Entre os meses de março e maio, o setor de turismo no Brasil acumula perdas de R$ 88 bilhões. Em Pernambuco, o prejuízo é de R$ 2,52 bilhões, oitavo maior do País e segundo do Nordeste, depois da Bahia (R$ 4,07 bilhões). Os dados foram anunciados anunciados nesta quarta-feira (10) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e refletem a intensificação das medidas de isolamento social e o fechamento das fronteiras em diversos países para conter a disseminação no novo coronavírus

De acordo com os dados, quando foi decretada a pandemia da covid-19, em março, o setor já teve perdas de R$ 13,38 bilhões em relação à média mensal de faturamento nos meses anteriores. Com a suspensão quase completa das atividades turísticas nas semanas seguintes, o prejuízo se elevou para R$ 36,94 bilhões em abril e R$ 37,47 bilhões em maio, totalizando R$ 87,79 bilhões.

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DESTRUIÇÃO DE EMPREGOS

De acordo com a análise da divisão econômica da Confederação, no Turismo, historicamente, para cada retração mensal de 10% no volume de receitas, há uma destruição potencial de 97,3 mil postos de trabalho em até três meses. Dessa forma, levando em consideração as perdas já acumuladas, a CNC estima que 727,8 mil empregos podem ser eliminados no setor até o fim de junho. 

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Para o presidente da Confederação, José Roberto Tadros, o cenário exige novas ações, além das já anunciadas até agora para a preservação das empresas e dos postos de trabalho, sob pena de não se conseguir inverter tão cedo, de forma significativa, a atual curva de prejuízos. “As ações já adotadas pelo governo federal permitem reduzir o impacto decorrente da queda expressiva do nível de atividade do setor, mas a extensão das perdas e dos danos no setor causados pela crise histórica que estamos vivendo vai exigir medidas adicionais”, ressalta.

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São Paulo e Rio de Janeiro concentram quase metade das perdas - DIVULGAÇÃO

Maiores focos do coronavírus no Brasil, Rio de Janeiro (R$ 12,48 bilhões) e São Paulo (R$ 31,77 bilhões) somam mais da metade do prejuízo nacional registrado pelo setor. “Os aeroportos desses dois Estados registraram quedas de até 99% na oferta de transporte aéreo, em abril e maio. Esse ajuste ao novo patamar da demanda fez cair a taxa média de cancelamento nessas localidades, que chegou a superar 90% no fim de março”, destaca o economista da CNC responsável pelo estudo, Fabio Bentes. O especialista acrescenta que a quantidade de voos confirmados em todo o País seguiu próxima ao piso histórico, registrando recuos expressivos em relação ao período anterior à pandemia (-94% em abril e -92% em maio).

No Nordeste, a Bahia acumula as maiores perdas, com R$ 4,07 bilhões, seguida pelo Ceará, com R$ 1,88 bilhões. 

O diretor da CNC responsável pelo Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da entidade, Alexandre Sampaio, afirma que, mesmo em outras regiões do mundo que já contam com a flexibilização da quarentena, nota-se uma inércia mais acentuada no processo de recuperação do turismo em relação a outras atividades econômicas: “É necessária a adoção de medidas econômicas mais audaciosas voltadas especificamente para o segmento do turismo, de modo a minimizar os efeitos nocivos da recessão sobre os níveis de emprego e a capacidade de arrecadação tributária por parte do setor”.

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São Paulo e Rio de Janeiro concentram mais da metade das perdas - FOTO:DIVULGAÇÃO

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