A condução errática do combate ao novo coronavírus no Brasil, entre outras consequências trágicas para a população, pode colocar brasileiros no ostracismo quando as viagens internacionais forem retomadas. Basta dizer que há 17 dias o País está sem um titular à frente do Ministério da Saúde, após o pedido de demissão de Nelson Teich. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), impedir a entrada de cidadãos de nações com a pandemia fora de controle será a praxe “por um bom tempo”.
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Uma mostra dessa rejeição já foi dada na última semana, quando a Grécia anunciou a abertura gradual da economia e do turismo, mas deixou viajantes do Brasil de fora da lista inicial dos autorizados a cruzar suas fronteiras. Já os da China e da Coreia do Sul foram liberados.
Na União Europeia em geral, os brasileiros poderão ser barrados, uma vez que a tendência é receber apenas turistas vindo de locais com “situação epidemiológica controlada”.
Na quarta-feira (27), os EUA de Donald Trump também declararam pessoas provenientes do território brasileiro como uma "ameaça" à sua segurança nacional, apesar de a situação na terra do Tio Sam estar longe de ser exemplar.
No sentido contrário, dificilmente estrangeiros se arriscarão a visitar um país em que a taxa de contágio por covid-19 cresce exponencialmente (1-2-4…), sendo uma das mais altas entre 54 nações monitoradas pelo Imperial College, de Londres.
Nenhuma propaganda da nova agência Embratur será capaz de recuperar a confiança no turismo local, sem resultados concretos quanto ao achatamento da curva de infecção, que parece ainda distante no País.
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Desde o dia 27 de março, o Brasil mantém fronteiras fechadas a estrangeiros e assim deve permanecer pelo menos até o fim de junho.
Um mapa interativo disponibilizado pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) permite checar as restrições de viagem implementadas na maioria dos países em decorrência da pandemia.
As medidas são divididas em três níveis classificações: totalmente restritivas, quando os voos estão suspensos - a exceção é para razões humanitárias ou governamentais; particularmente restritivas, quando há limitações para entrada de viajantes vindos de determinados países, exceto para cidadãos e residentes; e nenhuma regulamentação em vigor. A Iata informa que as restrições são atualizadas à medida que os países anunciam novas diretrizes.
Veja quais são os destinos onde há proibição para a entrada de viajantes vindos do Brasil neste momento. Em geral, a exceção é para quem reside no país. Nestes casos, muitas vezes o passageiro é obrigado a cumprir uma quarentena de até 14 dias e/ou passa a ser monitorado.
União Europeia
O fechamento das fronteiras para estrangeiros foi prorrogado até 15 de junho.
Estados Unidos
Estão proibidos de ingressar no país estrangeiros vindos do Brasil, China, Irã, Reino Unido e União Europeia.
Canadá
Não podem entrar brasileiros nem quaisquer outros estrangeiros.
Argentina
As fronteiras estão fechadas para estrangeiros em geral.
Uruguai
Com os voos internacionais suspensos, brasileiros nem viajantes de qualquer nacionalidade podem entrar.
Chile
Todos os estrangeiros estão proibidos de cruzar a fronteira.
Peru
Entrada é proibida para passageiros vindos do exterior.
Colômbia
Todos os voos para o país estão suspensos.
Bolívia
Fronteiras estão fechadas para estrangeiros.
Paraguai
País não está operando nenhum voo internacional
Venezuela
Viagens aéreas entre países estão proibidos.
Equador
Voos para o país estão suspensos.
Japão
Não permite a entrada de estrangeiros vindos do Brasil e de dezenas de outros países.
China
Não permite a entrada de estrangeiros no país.
Índia
Voos internacionais estão suspensos.
Austrália
Entrada de estrangeiros é proibida.
Nova Zelândia
Entrada de estrangeiros não é autorizada.
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