Dicas e informações de viagens, férias e turismo
Turismo de Valor

Descubra dicas de viagem e roteiros para as férias, além dos destinos e atrações que estão em alta no turismo.

IBGE

Turismo cresce em Pernambuco quase duas vezes acima da média nacional

Resultado coloca o Estado no terceiro lugar do ranking em outubro, depois da Bahia e do Rio Grande do Sul

Mona Lisa Dourado
Cadastrado por
Mona Lisa Dourado
Publicado em 11/12/2020 às 12:56 | Atualizado em 11/12/2020 às 16:15
MONA LISA DOURADO/JC
Índice de atividades turísticas em Pernambuco cresceu 13,5% entre setembro e outubro, contra 7,1% da média nacional - FOTO: MONA LISA DOURADO/JC

As atividades turísticas em Pernambuco cresceram 13,5% entre setembro e outubro em Pernambuco, quase o dobro da média nacional, de 7,1%. É o que revela a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta sexta-feira (11) pelo IBGE. O resultado coloca o Estado no terceiro lugar do ranking entre os 12 pesquisados no País.

No Nordeste, também se destacam Bahia e Ceará. O primeiro ocupa a liderança, com alta de 24,4%. Já o Ceará vem em sexta posição, com aumento de 11,2%.

Apesar do avanço mês a mês, ainda falta um longo caminho até o turismo pernambucano recuperar as perdas sofridas pelo setor ao longo da pandemia da covid-19. Para recuperar patamares pré-coronavírus, o Estado ainda precisa crescer 46,4%.

Quando se compara o desempenho de Pernambuco entre outubro de 2020 e o mesmo mês do ano passado, a queda é de 38,2%, a segunda pior variação, atrás apenas de São Paulo (-40,9%). No Brasil, os índices tiveram redução menos intensa, de 33,6%.

Já no acumulado de janeiro a outubro, são visíveis os reflexos da suspensão das atividades turísticas, com as medidas mais restritivas de distanciamento social. Nesse indicador, Pernambuco tem o quarto pior desempenho, com queda de 43,1%, enquanto a média nacional foi de -38,2%.

No acumulado dos últimos 12 meses, o Estado tem o segundo pior resultado, com -36,6%, à frente apenas do Distrito Federal (-37,6%).

TURISMO NO BRASIL 

Com a retomada da economia, o turismo do Brasil voltou a crescer a passos largos, sobretudo com as restrições ainda existentes para viagens internacionais. Em outubro de 2020, o índice de atividades turísticas no Brasil chegou a 7,1%, sexta taxa positiva seguida. Em todo o período, o ganho acumulado já é de 102,6%.

Todas as 12 unidades da federação onde o indicador é investigado acompanharam este movimento de expansão, com destaque para São Paulo (3,6%), Rio de Janeiro (6,1%), Minas Gerais (10,9%) e Rio Grande do Sul (19,7%).

Os dados são animadores, mas ainda assim é preciso avançar 54,7% para retornar aos patamares de fevereiro de 2020. Transporte aéreo de passageiros, restaurantes e hotéis estão entre os segmentos mais afetadas durante a pandemia.

Frente a outubro de 2019, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil caiu 33,6%, oitava taxa negativa seguida, pressionado, principalmente, pela queda na receita de empresas que atuam nos ramos de transporte aéreo; restaurantes; hotéis; serviços de bufê; rodoviário coletivo de passageiros; agências de viagens; e locação de automóveis. Todas as 12 unidades da federação investigadas mostraram recuo nessa comparação, com destaque para São Paulo (-40,9%), Rio de Janeiro (-29,3%), Minas Gerais (-27,4%), Bahia (-31,9%) e Rio Grande do Sul (-35,8%).

No acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas caiu 38,2% frente a igual período de 2019. Neste caso, sobressaem-se entre as taxas negativas os Estados de São Paulo (-40,8%), Rio de Janeiro (-31,8%), Minas Gerais (-36,3%), Bahia (-41,1%) e Rio Grande do Sul (-44,6%).

SETOR DE SERVIÇOS

Quando se trata do volume total de serviços em Pernambuco, a alta em outubro, ante setembro, foi de 3%, de acordo com a PMS. O desempenho do Estado no setor como um todo, que registrou a sexta taxa positiva seguida, também foi superior ao da média brasileira, de 1,7%. O índice é o melhor de Pernambuco desde agosto.

Mesmo com a sequência de resultados positivos, a recuperação dos efeitos da pandemia no setor ainda é mais lenta em comparação aos resultados da indústria e do comércio. Em outubro, o segmento de serviços esteve 9,8% abaixo do patamar de fevereiro, mês que antecedeu os efeitos da pandemia.

O confronto entre os números de outubro de 2020 e outubro de 2019 expressa a retração ocasionada pela pandemia. O índice, em Pernambuco, foi de -12,7%, a oitava queda seguida e o quinto pior desempenho do País. O recuo também foi superior à média brasileira, de -7,4%.

No acumulado do ano, a PMS também detectou uma redução no volume de serviços mais acentuada do que a média nacional. Em Pernambuco, o segmento teve queda de 14,3%, enquanto, no Brasil, a queda foi de 8,7%. O mesmo ocorreu no acumulado dos últimos 12 meses, em que o índice marcou –12,3% no Estado, o quinto mais baixo do País, contra -6,8% em âmbito nacional.

Entre os cinco segmentos contemplados pela PMS, duas atividades tiveram alta na comparação com outubro do ano passado. A categoria Outros serviços, como compra, venda e aluguel de imóveis, atividades de apoio à agricultura, à pecuária e gestão de resíduos sólidos registrou um aumento de 14,3%. O setor acumula três meses seguidos de números positivos. A outra categoria foi Serviços de informação e comunicação, cujo avanço foi de 4%.

 A atividade de serviços com o pior desempenho foi a de Serviços prestados às famílias, que marcou índices negativos em todos os meses do ano. Em outubro de 2020, a queda foi de -34,9% em comparação a outubro de 2019. Essa atividade, que inclui 23 tipos de serviços, como hotéis, bares, restaurantes, salões de beleza, espetáculos de artes cênicas e atividades esportivas em geral, amarga retrações significativas desde abril, devido à pandemia. O setor também têm os índices mais desfavoráveis tanto na variação acumulada do ano (-46,3%) quanto na variação acumulada dos últimos 12 meses (-40,2%).

Mais dois segmentos de serviços tiveram recuo no mês de outubro em comparação ao mesmo período do ano passado. A retração dos serviços profissionais, administrativos e complementares, que incluem, por exemplo, seleção de mão de obra, atividades jurídicas e aluguéis não imobiliários, como locação de veículos, foi de -15,2%. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio vêm em seguida, com –13,7%.

 

Comentários

Últimas notícias