Janeiro Branco: atividade física e os benefícios para a saúde mental

Publicado em 06/01/2020 às 15:25 | Atualizado em 18/01/2020 às 14:15
Foto: Divulgação
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O equilíbrio do corpo e da mente é o segredo para se manter saudável. Pensando nisso, a campanha Janeiro Branco levanta uma discussão bastante importante para a população brasileira: os cuidados com a saúde mental. A proposta é mobilizar as pessoas e quebrar o tabu sobre as doenças que afetam a mente. Outro ponto fundamental que merece destaque: a atividades físicas funcionam como remédio natural e ajudam no combate à depressão. A revisão de mais de 30 estudos publicada no jornal norte-americano JAMA Psychiatry constatou que os exercícios estão diretamente ligados à diminuição dos sintomas da depressão. Nos estudos, os pesquisadores verificaram que atividades como a musculação aliviam o desânimo e, consequentemente, a falta de interesse pelas demais atividades do dia a dia. Também têm papel importante por elevar a autoestima. Esses benefícios foram identificados independente do perfil das pessoas analisadas. Além da apatia persistente, a depressão também pode se apresentar em quadros de insônia, perda de peso repentina e sem motivo aparente, irritabilidade, lentidão e dores no corpo. LEIA MAIS Pilates como estratégia para combater e prevenir dores nas costas  Blogueiras fitness formada em educação física para seguir no instagram Entenda como funciona e as modalidades do jejum intermitente CAUSAS A possibilidade de usar os treinos de força como aliados no tratamento da depressão surge no momento em que a doença experimenta um verdadeiro boom mundial.  De acordo com as últimas estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 300 milhões de pessoas vivem com esse diagnóstico, um aumento de mais de 18% entre 2005 e 2015. O problema tende a ser desencadeado por questões pessoais, traumas, estresse e disfunções hormonais. Além de se submeterem a treinamentos de força e resistência, pessoas que apresentem um ou mais desses sintomas precisam procurar o quanto antes um psiquiatra. O tratamento, dependendo do caso, envolve ainda medicamento e psicoterapia. PARA IDOSOS Psiquiatras e profissionais de educação física ressaltam que os idosos são mais vulneráveis por conta do envelhecimento e fragilidade emocional. "Ele se percebe limitado e inseguro após as mudanças, o que pode culminar em um quadro de depressão. Desânimo e falta de motivação fazem com que o corpo reduza a produção de serotonina e endorfina, hormônios responsáveis pelo bom humor, bem-estar, sensação de prazer. É nesse ponto que a atividade física entra como forte aliado no combate à doença”, esclarece Braga, médico psiquiatra. O profissional de educação física Jéfter Campos ressalta a importância dos exercícios de força, equilíbrio e coordenação motora para readquirir independência. “A atividade física faz com que o idoso se sinta bem, talvez seja o único momento do dia em que ele vai se sentir bem. Em uma aula, ele estará em conjunto, compartilhando suas dificuldades com outras pessoas e sendo estimulado a continuar os exercícios, não desistir e sempre se esforçar um pouquinho mais. Além de ser acolhido por um grupo, a liberação hormonal ajuda nos momentos de ansiedade. Atividade física é um remédio que mexe com o bem-estar e não tem colateral”, destaca Jéfter Campos.  

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