Por que abolir os adoçantes da dieta?

Publicado em 08/12/2015 às 14:35 | Atualizado em 09/12/2015 às 20:15
Estudos comprovaram que o uso de adoçantes potencializa o risco de doenças graves. Foto: Luana Ponsoni
FOTO: Estudos comprovaram que o uso de adoçantes potencializa o risco de doenças graves. Foto: Luana Ponsoni
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Não é raro um certo receio tomar conta de quem não precisa fazer restrição de açúcar, mas opta pelos adoçantes dietéticos e comidas que os incorporam em suas receitas no momento de cortar calorias. Esse sentimento não é à toa. Independente de serem artificiais (feitos em laboratório) ou naturais (à base de frutas e vegetais), boa parte desses alimentos já tiveram seu consumo associado a doenças graves, como câncer e Alzheimer, em pesquisas. Transtornos metabólicos, a exemplo da obesidade, também estão entre os malefícios atribuídos. Em função dos riscos à saúde, os nutricionistas costumam ser unânimes quanto a não recomendação de adoçantes dietéticos a quem não sofre de patologias que precisem restringir a sacarose, que é o açúcar propriamente dito. Em meio a esse cenário, paira principalmente entre quem precisa perder peso, um certo desespero. Afinal, o consumo do carboidrato cristalizado também faz mal. Aumenta o índice glicêmico no sangue, o acúmulo de gordura corporal, culminando em sobrepeso e todas as suas complicações.

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“O problema é que a devoção pelo doce é cultural no nosso País. Quando a criança tem os primeiros contatos com outros alimentos que não o leite, a mãe, por vezes, fica com pena de lhe apresentar os sucos e até as próprias frutas com o sabor original e acrescenta açúcar. Independente de usar adoçante dietético ou açúcar, uma coisa é certa: quanto menor for o consumo, melhor para a saúde”, determinou a nutricionista especializada em nutrição esportiva Janine Hampel. Nem mesmo os adoçantes naturais escapam do crivo dos nutricionistas. Desenvolvido logo depois de comprovados os malefícios dos artificiais, o Sucralose (da cana-de-açúcar) entrou na berlinda em pesquisas recentes. Estudos associaram o surgimento de compulsão alimentar e distúrbios metabólicos ao seu consumo.

O adoçante de uma maneira geral, seja qual for, vai ser captado pelas papilas gustativas e irá gerar um feedback para o organismo de ‘opa, está chegando um docinho’. Só que esse nutriente não vem e o corpo reage como se fosse vir. Isso gera uma confusão metabólica que acaba causando compulsão alimentar posteriormente. A pessoa vai estar sempre buscando esse doce. Por esse motivo, inclusive, os adoçantes estão associados à obesidade”, Janine Hampel, nutricionista.
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Em substituição ao açúcar refinado e aos adoçantes dietéticos, os alimentos mais recomendados são o açúcar mascavo e o mel. O uso, no entanto, deve ser comedido. Apesar de apresentarem mais nutrientes, essas opções igualmente elevam o índice glicêmico.

Confira todas as dicas da nutricionista esportiva Janine Hampel sobre todos os tipos e adoçantes, sejam naturais ou artificiais.

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