Exercício físico como aliado no tratamento e prevenção da hipertensão arterial

Publicado em 15/09/2019 às 9:25
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O hipertenso deve ter a pressão arterial aferida antes do treino. Foto: Arquivo Pessoal Doença silenciosa, que pode levar à insuficiência renal e cardíaca, ao acidente vascular cerebral (AVC), além de problemas na visão, a hipertensão arterial foi diagnosticada em 24,7% da população brasileira segundo dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico de 2018. Levantamento do Ministério da Saúde aponta ainda que 388 pessoas morrem, por dia, no País em razão da doença. Em 90% dos casos, a doença é de origem hereditária, mas hábitos de vida como sedentarismo, alimentação inadequada e  tabagismo podem ter forte influência no desenvolvimento do problema de saúde. A enfermidade, no entanto, poderia ter o número de casos e vítimas fatais drasticamente reduzido no Brasil se o exercício físico fosse incrementado de maneira assertiva na rotina das pessoas. A prática sistemática de atividades aeróbias (caminhada, corrida, natação, etc) e anaeróbias (musculação) é uma das melhores formas de prevenir a hipertensão arterial, além de também atuar como  parte do tratamento de quem já foi diagnosticado com o mal. Só que o último levantamento da Organização Mundial da Saúde apontou que quase 50% da população brasileira, em idade adulta, é sedentária.
"Com a quebra do estado de repouso, o organismo responde com o aumento da temperatura corporal, provocando o que chamamos de vasodilatação periférica, fazendo com que a resistência nas paredes arteriais diminua, ocorrendo uma aguda regulação da pressão" Glauco Ferreira, personal trainer, especialista em avaliação da performance humana.
O exercício diminui a resistência nas paredes arteriais, ajudando a ocorrer uma aguda regulação da pressão arterial. Foto: Arquivo Pessoal
Apenas o médico, como um cardiologista, pode fazer o diagnóstico de hipertensão arterial. Para que o mal tenha se instalado é necessário que a  pressão máxima (sistólica) e mínima (diastólica) estejam iguais ou acima de 140/90 mmHg (14 por 9), respectivamente. O essencial é que quem recebeu uma resposta afirmativa quanto à doença procure a ajuda de um profissional de Educação para que o exercício físico possa atuar de forma eficiente no tratamento. De acordo com Glauco Ferreira, além da prescrição adequada do treinamento, o profissional de Educação Física vai tomar alguns cuidados para assegurar o bem-estar do hipertenso. " Aferir a pressão do aluno antes do treino é imprescindível. Também procurar saber se ele tomou a medicação. Se der alguma alteração, aí, sim, é necessário ter mais cuidado. Cabe fazer, antes, durante e depois do exercício. Outra situação em que essa conduta deve se manter é se for um hipertenso com mais idade, que a gente não tem mais aquele controle autônomo, com mais verdade, aí requer mais cuidados", afirmou.    

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