Estudo aponta o perfil de lesões no crossfit

Publicado em 03/11/2019 às 16:17
Foto: Divulgação
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Foto: Divulgação “Não machuca muito, não?”. Esta é uma das perguntas frequentes dirigidas aos praticantes de crossfit. Enquanto alguns encaram a situação com desdém, outros ainda se chateiam com o questionamento. O fato é que a atividade chegou para ficar e conquista número crescente de praticantes. Por ser uma modalidade relativamente nova, também vem despertando muito interesse da ciência. E estudos destinados ao treino que mistura movimentos ginásticos, levantamento de peso olímpico (LPO) e exercícios aeróbicos também vêm sendo desenvolvidos, inclusive, para investigar questões relativas à realidade das lesões provenientes de sua prática. Um dos mais recentes estudos verificou que a incidência de contusões no crossfit é de duas a três a cada 1.000 horas praticadas. Já as regiões do corpo mais afetadas são ombros, costas e joelhos.
Esse número pode ter relação com pouca mão de obra qualificada. Outro ponto é que, normalmente, os participantes se sentem desafiados a melhorar e, por conta própria, buscam auxílio em treinos extras, normalmente sem acompanhamento profissional. Aí realmente é complicado termos o cuidado que temos durante uma aula com esse praticante” Tuca Souza, head coach da Santé CrossFit.
O head coach da Santé CrossFit, Tuca Souza, chama atenção para o despreparo de alguns treinadores como uma das possíveis causas das lesões no crossfit. Foto: Santé CrossFit/Divulgação A relação entre profissionais despreparados e praticantes ansiosos também foi apontada como principal motivo para ocorrência de lesões pelo coach José Marcelino Azevedo, da CrossFit Army. “Quando ocorrem lesões, muitas vezes, são causadas por um aumento rápido no volume total do treinamento, principalmente quando se é iniciante. Atribuo muito a falta de informação sobre lesões à prática de maneira irresponsável e sem análise prévia da modalidade por parte dos profissionais que começaram a idealizar o esporte no País, sem levar em conta todo o processo que envolve a sua introdução”, comentou Marcelino. A conclusão geral do estudo foi que o perfil do praticante de crossfit que mais se machuca pertence ao sexo masculino, geralmente com contusão de ombro, causada por lesão prévia. Ainda: que o crossfit pode ser praticado com segurança por indivíduos de 18 a 69 anos. “Normalmente essas lesões antigas estão até esquecidas e não foram comunicadas. Ou não foram questionadas pelos treinadores, o que também pode acontecer. Por isso, a importância de uma aula experimental ou anamnese (entrevista sobre o histórico do aluno)”, completou Tuca.

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