Cláudia Raia diz que aeróbio 'come' testosterona e profissional explica o erro na afirmação

Publicado em 29/11/2019 às 9:49 | Atualizado em 29/11/2019 às 10:14
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De acordo com Cláudia Raia, correr "come" testosterona Um vídeo com depoimento de Cláudia Raia sobre atividade física viralizou na internet essa semana. A atriz afirma que atividade aeróbia “come” testosterona, envelhece e esse efeito é potencializado a partir dos 40 anos. Cláudia Raia também citou a corrida como vilã nesse processo de perda de massa muscular e recomendou a retirada do esporte para quem o pratica. Se você curte esportes de endurance, não pense, tampouco pare de treinar. A afirmação apresenta vários equívocos que o profissional de educação física Jéfter Campos tratou de esclarecê-los. >> Aulas de pilates clássico para garantir qualidade d vida e longevidade >> Uma a cada três crianças brasileiros está acima do peso, aponta pesquisa >> Iaaf muda nome e formato da Liga de Diamante a partir de 2020  “Tem que malhar musculação. Por mais que a pessoa não goste, vai aprendendo a gostar. Vira uma chavinha. Porque não tem outra atividade que te dê muscularmente aquilo que a musculação te dá. E não adianta só o aeróbico. Atividade física aeróbica não se deve fazer muito depois dos 40. Porque ela come testosterona. E você que já não tem muita, depois dos 40, vai perdendo mais ainda. Não corra que a cara cai. Tudo cai. É a cara é o peito. Vai tudo para o chão. Uma loucura. Então, correr não é maravilhoso. Para isso tem que diminuir a comida. Triste: É, mas a vida é dura. Porque se você não está fazendo tanto aeróbico, você não pode comer tanto", disse Cláudia Raia, em um trecho de seu depoimento. A VERDADE O profissional de educação física Jéfter Campos explicou como realmente funciona o hormônio testosterona no organismo e como o exercício aeróbio pode ser benéfico se realizado de forma adequada. “De uma certa forma, Cláudia Raia não falou de tudo mentira. A musculação hoje é considerada uma atividade que você consegue ter maior ganho de força muscular, principalmente porque é uma atividade mais controlada. Consigo controlar intensidade, volume, intervalo e cadência. Então, das modalidades que exigem força, o próprio crossfit e pilates, a musculação apresenta capacidade maior de controle. Por isso que os estudos são muito maiores com a musculação do que com outras atividades", comentou o profissional.
"E aí a gente vai ver que a musculação é a melhor atividade para o desenvolvimento e ganho da massa muscular. O que é irresponsável na fala dela? A forma generalizada de como ela fala. Sobre como só a musculação vai servir. E a forma como ela diz que o aeróbio come a testosterona. Não é assim que funciona. E  dizer que cai tudo. Passa uma mensagem de forma generalizada para uma população que acredita em tudo que assiste e lê principalmente quando vem de uma pessoa pública, sendo ela conhecedora ou não do assunto. No caso dela (Cláudia Raia), ela não é conhecedora e as pessoas tomam aquilo como verdade". Jéfter Campo, profissional de educação física
TESTOSTERONA Em mulheres, a produção de testosterona é naturalmente mais baixa comparada aos níveis do hormônio em homens. Então não é errado quando afirmam que mulheres têm pouca testosterona. Essa é uma condição natural do gênero feminino. O professor de educação física falou, por outro lado, que a prática de treinos aeróbios podem auxiliar na produção do hormônio se os exercícios apresentarem prescrição corretar e acompanhamento profissional. "Na verdade, o treino aeróbio pode ser um auxiliar na produção do hormônio, desde que ele seja feito de forma moderada e regular. Pessoas que só fazem treino aeróbio contínuo, com volume alto, tendem a ter mais radicais livres, que estão associados ao envelhecimento celular e sua eliminação (morte) pelo sistema imunológico. Agora soma tudo isso à exposição ao sol. Os danos à pele aumentam. Depois dos 30 e 40 anos, a massa muscular de fato vai reduzindo gradualmente, com menos massa muscular, tudo cai. Isso é porque a pessoa fica mais flácida. Mas um treino aeróbio associado ao treino de força vai manter os padrões de massa muscular ou melhorá-los, que é o objetivo. Essa perda de massa muscular, principalmente na mulher, já vai acontecer de forma natural entre os 30 e 40 anos", completou.

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