quebra do isolamento

Corredores ignoram isolamento e marcam hospital de campanha como ponto de encontro

Enfermeiros que trabalham na linha de frente no combate ao novo coronavírus relataram que pessoas estão correndo na área próxima ao hospital de campanha do Pacaembu

Gabriela Máxima
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Gabriela Máxima
Publicado em 18/05/2020 às 10:22 | Atualizado em 18/05/2020 às 10:22
ABr
Pacaembu é um dos estádios mais tradicionais do Brasil. - FOTO: ABr

Estado com maior número de mortes por conta do novo coronavírus, São Paulo inicia a semana com 4.782 vítimas oficiais da covid-19. Durante a pandemia, o estádio do Pacaembu se tornou hospital da campanha e funciona como um dos pontos de apoio da cidade. Antes, além das partidas de futebol, o local também era ponto de encontro de corredores, que iniciavam seus treinos na área externa do estádio. Apesar do decreto de isolamento, os esportistas continuam praticando atividades físicas no local e desrespeitando profissionais e pacientes da covid-19.

Enfermeiros que prefeririam não se identificar relataram ao site de notícias Uol que se sentem ofendidos com a prática de esportes em frente ao hospital da campanha do Pacaembu. O equipamento comporta 150 leitos e sempre está lotado. Há sobrecarga de funções para dar contar de todos os pacientes. La dentro, as pessoas estão lutando contra a morte. Lá fora, as pessoas estão menosprezando a situação de calamidade pública. 

Em outras cidades 

Infelizmente o desrespeito não acontece apenas em São Paulo. Em outras cidades do Brasil, há pessoas ignorando a severidade da pandemia e saindo para praticar atividades físicas. No Recife, capital pernambucana onde há o decreto de endurecimento do isolamento até 31 de maio, ainda foi possível observar corredores pelas ruas no final de semana.

Além disso, profissionais de educação física estão treinando em academias e levando seus alunos para orientá-los nos exercícios. A prática está proibida e cabe denúncia à Polícia Militar e ao Conselho Regional de Educação Física (Cref-PE).

No Recife, atividade físicas não são consideradas atividades essenciais no momento. Apenas serviços como supermercados, farmácias, bancos, entre outros, compõem a lista do que é fundamental no período de endurecimento. Há fiscalização na rua para conter a circulação das pessoas. 

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