10 curiosidades sobre a ginasta Rebeca Andrade

Rebeca Andrade conquistou a torcida e o coração dos brasileiros. A ginasta, que garantiu prata nesta quinta-feira (01), iniciou a carreira "por acaso"

Publicado em 01/08/2024 às 22:01 | Atualizado em 02/08/2024 às 12:41

Nas Olimpíadas de Paris 2024, a equipe brasileira de ginástica conquistou uma inédita medalha de bronze na final de ginástica artística por equipes.

Durante as classificatórias, a campeã olímpica garantiu sua presença em cinco das seis finais possíveis, que aconteceram nesta quinta-feira (01).

A atleta conquistou a prata para o Brasil, subindo ao pódio ao lado de Simone Biles (ouro) e Sunisa Lee (bronze), ambas dos Estados Unidos.

Rebeca conquistou não só o Brasil, mas o mundo. Ela se tornou a primeira brasileira a obter uma medalha olímpica na ginástica artística e a segunda mulher negra a ganhar um título mundial na modalidade.

Veja abaixo 10 curiosidades sobre Rebeca Andrade!

1. Origem humilde 

Rebeca Andrade é natural de Guarulhos, São Paulo, e cresceu com sete irmãos.

Ela foi criada pela mãe, Rosa, que trabalhava como empregada doméstica para custear os treinos de ginástica artística da filha e as despesas da família.

A campeã sempre teve o suporte da família, incluindo seu irmão Emerson, que, aos 15 anos, comprou uma bicicleta para levar Rebeca ao ginásio, garantindo que ela não perdesse os treinos.

2. Ser ginasta não estava em seus planos

A atleta revelou no programa ‘Faustão na Band’ que nunca teve o sonho de ser ginasta. Ela começou a frequentar o ginásio porque sua tia levava suas primas para treinar.

"Apesar de gostar, eu nunca virei para a minha mãe e disse: ‘eu quero fazer ginástica’. A minha tia trabalhava em um ginásio e levava as minhas primas para treinar e, como eu era muito levada e gostava de subir em árvores e dar estrelinha, acabei indo também", explicou.

3. Primeiros passos na ginástica

Rebeca Andrade iniciou a ginástica aos 4 anos em um projeto social da prefeitura de Guarulhos.

Com seu talento, ganhou o apelido de ‘Daianinha de Guarulhos’, em referência à ginasta Daiane dos Santos, a quem admira.

Atualmente, além de atuar pela equipe brasileira, Rebeca faz parte do time de ginástica do Flamengo.

4. Carreira profissional desde cedo

Aos 10 anos, Rebeca se mudou para Curitiba, Paraná, para treinar profissionalmente.

Em entrevista à revista Forbes, ela revelou que, apesar da experiência de já morar com os treinadores durante a semana, a separação da família foi difícil.

"Mesmo assim, foi difícil saber que eu não veria meus irmãos e minha mãe", desabafou.

5. Desafios com lesões

A esportista enfrentou três cirurgias no joelho devido a rupturas do ligamento cruzado anterior, o que a afastou das competições em 2015 e 2017.

Após um período de recuperação e sessões intensivas de fisioterapia, ela voltou em 2016 e conquistou cinco medalhas na Copa do Mundo de Ginástica.

6. Carreira dupla

Rebeca Andrade sempre destaca a importância da saúde mental no esporte e em sua carreira como ginasta.

Ela consegue equilibrar suas duas paixões, ginástica e psicologia, treinando durante o dia e estudando psicologia à noite.

Ginasta Rebeca Andrade se apresentando nas Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016
Rebeca Andrade é a segunda mulher negra a conquistar o título de campeã mundial na ginástica (Imagem: artistic gymnastics | Shutterstock)

7. Segunda mulher negra a se tornar campeã mundial de ginástica

Rebeca Andrade é a segunda mulher negra a conquistar o título de campeã mundial no individual geral. A primeira foi a americana Simone Biles.

Além disso, ela é a primeira ginasta sul-americana a ganhar uma medalha de ouro no individual geral de um Campeonato Mundial.

8. Salto "Andrade"

Rebeca Andrade pediu o registro de um movimento inovador no salto, o Yurchenko Triple Twist (YTT).

Após avaliação do Comitê Técnico da Federação Internacional de Ginástica (FIG), o salto recebeu um valor de dificuldade de 6.0, o segundo mais alto, atrás apenas do "Biles", que tem um grau de dificuldade de 6.4.

Contudo, a ginasta abriu mão de executar a manobra para manter sua posição no pódio. O técnico Francisco Porath explicou a estratégia ao Portal GE. 

Segundo ele, "Tem atleta que você precisa colocar dificuldade para sair nota maior. No caso da Rebeca não. Ela tem uma nota boa, uma nota alta. Você colocar mais dificuldade, é o risco dessa nota final descer". 

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9. Popularidade no solo

O solo de Rebeca Andrade foi um dos momentos mais esperados pelo público.

Em 2020, nas Olimpíadas de Tóquio, ela apresentou uma versão instrumental da música "Baile de Favela" do MC João.

Para Paris, Rebeca preparou uma mistura com as músicas "End of Time" de Beyoncé e "Movimento da Sanfoninha" de Anitta, que a fez garantir a vaga na final, e conquistar a medalha de prata na ocasião.

10. Conquistas olímpicas

Rebeca fez história nas Olimpíadas, se tornando em Tóquio 2020 a primeira brasileira a ganhar uma medalha olímpica na ginástica artística e a primeira a conquistar duas medalhas na mesma edição dos jogos, recebendo a medalha de prata no individual geral e a de ouro no salto.

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