Os reality shows de relacionamento com toques inusitados - como a possibilidade de passar férias com o ex, casar com alguém após poucos dias de conversa e nenhum contato visual - têm se provado fenômenos nos últimos anos. Agora, a empresa inaugura sua safra brasileira de produções do gênero, com o anúncio de O Crush Perfeito, atração que estreia dia 10 de julho.
Com seis episódios produzidos pela Endemol Shine Brasil para a Netflix, O Crush Perfeito é a versão brasileira do americano Dating Around, também original da Netflix. Na atração, pessoas de gêneros e orientações sexuais diferentes precisam sair em busca de um novo amor na cidade de São Paulo. A ideia é que eles deixem os aplicativos e se proponham a conhecer pessoas em encontros às escuras.
Esse modelo, inclusive, lembra muito o de outra atração da empresa de streaming, Casamento Às Cegas, que no início do ano se tornou uma das atrações mais vistas da Netflix no Brasil. Nela, vários solteiros se dispõem a participar de um experimento: vão em busca de alguém para casar, mas têm como recursos apenas conversas em cabines nas quais não podem se ver, conseguindo enxergar fisicamente sua alma gêmea só depois do pedido de casamento.
Devido à força do projeto no Brasil, Casamento Às Cegas também ganhará uma versão nacional, assim como o reality Brincando com Fogo. Neste, homens e mulheres solteiros se encontram em um paraíso tropical para passar as férias juntos, mas precisam passar por uma prova de fogo: não podem se beijar, dar amassos ou ter qualquer tipo de contato físico. Qualquer quebra das regras significa uma perda financeira em relação ao prêmio final.
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Se a conectividade cada vez maior com as redes fez com que as vidas de anônimos e famosos se tornassem involuntária e voluntariamente alvo de vigília diária, 2020 pareceu consolidar a força dos reality shows, que se reinventaram e conquistaram novos públicos. O Big Brother Brasil é um desses casos, conquistando uma das maiores audiências e engajamentos do público em sua vigésima edição.
Cada uma à sua maneira, essas atrações partem do princípio de que hoje as trocas interpessoais são cada vez mais mediadas pelos meios virtuais e que o público consegue se identificar com a superficialidade das interações que acontece entre os participantes. É quase como se a liquidez daqueles laços funcionassem como uma catarse coletiva, com jovens dispostos a expor momentos de extrema intimidade e às vezes humilhação, ao mesmo tempo em que abre espaço para as discussões da própria natureza das relações na contemporaneidade.
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