A 27ª edição do Janeiro de Grandes Espetáculos chega ao fim na quinta-feira, 28 de janeiro, após 22 dias, período em que foram realizados 48 espetáculos, entre presenciais e virtuais, e 14 debates. A cerimônia de encerramento será transmitida às 19h, ao vivo e de graça, direto de um Teatro do Parque. Na ocasião, Diva Menner, primeira mulher trans a participar do The Voice Brasil (Globo), fará um tributo a Elza Soares acompanhada de seu pianista, o maestro Junior Caruaru.
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Além de Diva, também sobe ao palco Adam Marec, violonista da Eslováquia que divide a cena com o violinista conterrâneo Miroslav Baloga. Além deles, se apresentam Betto do Bandolim, Vinicius Sarmento (violão), Racine Cerqueira (violão), Rafael Felipe (bateria), Lígia Miranda (voz), Hélio Silva (contrabaixo), além de Zasha Greige (violino, da Venezuela). O Roteiro e direção artística do evento é de Paulo de Pontes, com a direção da live assinada por Iris Macedo. Iris Macedo assina a direção da live.
Mensagens do público enviadas pelo Instagram servirão de cenário para o evento. E o novo conselho consultivo do festival, núcleo que auxilia nas decisões de temas de ordem estratégica, política e artística, tomará posse remotamente.
PRÊMIO JGE COPERGÁS
Na cerimônia de encerramento, que será apresentada pela atriz Luciana Cavalcanti e terá tradução simultânea em Libras, também será entregue Prêmio JGE Copergás de Teatro, Dança, Circo e Música de Pernambuco chega diferente.
Este ano, ao invés de contemplar espetáculos, o prêmio celebra 20 iniciativas - da sociedade civil e do setor público - que tiveram impacto na cultura de Pernambuco ao longo do último ano. Os vencedores receberão troféu desenhado pelo designer Júnior Melo. Além disso, os 15 primeiros contemplados levam ainda o valor simbólico de R$ 1 mil, cada.
A comissão de seleção do Prêmio JGE Copergás de Teatro, Dança, Circo e Música de Pernambuco, formada por Luiz Felipe Botelho, Herika Araújo Vitoriosas, Carminha Lins e Cleonice Maria, sob coordenação de José Manoel Sobrinho. Confira os vencedores:
1. Dança pra Criança com Tio Orun. De Orun Santana (Recife)
Trabalho voltado para os dias de isolamento, realizado com leveza e seriedade a partir de referências populares.
2. Tudo que Coube numa VHS: Experimento Sensorial em Confinamento. Do Grupo Magiluth (Recife)
Proposta criativa e eficiente de adequação de recursos digitais à estética do grupo, maximizando a conexão com a plateia dentro das limitações do distanciamento social.
3. Feteag Digital: Teatro Experimental de Arte - TEA (Caruaru)
Ampla e sólida variante digital de um festival internacional de teatro como alternativa de substituição ao Feteag (Festival de Teatro do Agreste), que acontece anualmente.
4. Casa Maravilhas: Teatro de Quinta versão virtual e outras ações (Recife)
Série de ações que marcaram o espaço da Rua Riachuelo, incluindo a realização de três trabalhos originais experimentando conexões entre linguagem teatral e recursos digitais.
5. Jessica Caitano: artista popular do alto Sertão (Triunfo)
Por sua intensa, inquieta, rica e expressiva atividade artística.
6. Ripa - Rede Interiorana de Produtores, Técnicos e Artistas de Pernambuco
Iniciativa de trabalho cooperativo entre grupos de várias regiões do Estado.
7. Grupo Em Canto e Poesia (São José do Egito e Recife)
Pelo trabalho de interlocução com cidades de Pernambuco.
8. Projeto No Meu Terreiro Tem Arte pelo Festival Chama Violeta (Ingazeira)
Série de propostas originais envolvendo vários níveis de participação de artistas e do público em um distrito no interior do Estado, com repercussão muito além desses limites.
9. Gean Ramos e a Música Indígena Pankararu Contemporânea (Tacaratu e Petrolina)
Além da divulgação da cultura Pankararu, possibilitou o contato e a troca de experiências com artistas de outras etnias do Brasil.
10. Movimento de Teatro Batendo Texto na Coxia (Recife)
Atuação permanente, consistente e propositiva, sobretudo na pandemia, diante das várias ameaças sofridas pela atividade artística.
11. Série Teia, do Coletivo Parêa (Recife)
Trabalho intimista de contação de histórias em vídeo, elaborado, realizado e veiculado na pandemia através do Youtube.
12. Canal Mata Cultural, de Pablo Dantas, na articulação e promoção da Zona da Mata Sul (Vitória de Santo Antão)
Trabalho que, através de redes sociais, promoveu debates político-culturais e levantou questões e esclarecimentos de interesse dos artistas daquela região.
13. Teatro de Fronteira, narrativas políticas, ações afirmativas e O Evangelho Segundo Vera Cruz (Recife)
Pelo trabalho voltado a temas LGBTQIA+, culminando com obra que aborda o contexto da peça “O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu”, censurado em PE em 2018.
14. Centro de Criação Galpão das Artes (Limoeiro)
Por sua atuação incansável nos tempos da pandemia, sobretudo na percepção e proposição segundo as demandas da comunidade local.
15. Sated - Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão de Pernambuco Pela defesa e apoio ao Circo Popular Nordestino durante a pandemia.
16. Prefeitura de São Benedito do Sul (gestão 2020)
Pelas lives estruturadoras para além dos shows/entrevistas com diversos segmentos culturais, promoção artística e aplicabilidade da Lei Aldir Blanc.
17. Sesc Pernambuco
#CulturaEmRedeSescPE e pelo conjunto de políticas e projetos na área cultural.
18. Prefeitura de Serra Talhada (gestão 2020)
Pela aplicabilidade da Lei Aldir Blanc e pelo conjunto das políticas culturais do município.
19. Fórum Popular de Cultura de Petrolina
Organização autônoma de trabalhadoras e trabalhadores de Cultura.
20. Conselho Municipal de Políticas Culturais de Arcoverde
Pelas conquistas políticas em 2020.
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