Frevo

Maestro Formiga é homenageado em sessão solene da Câmara do Recife

Não por acaso, a sessão solene em homenagem ao maestro foi realizada nesta terça-feira (9), Dia do Frevo.

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Luisa Farias

Publicado em 09/02/2021 às 20:49 | Atualizado em 09/02/2021 às 20:49
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O maestro e compositor Ademir Souza Araújo, conhecido como maestro Formiga, foi homenageado em uma sessão solene da Câmara Municipal do Recife nesta terça-feira (9), não por acaso no Dia do Frevo. A homenagem se dá em reconhecimento a sua posição de "referência de máxima relevância para a cultura pernambucana" através do seu trabalho "que vai do popular ao erudito, passando pela ópera e pelos frevos", conforme diz a justificativa do requerimento para realizar a sessão, de autoria da vereadora Liana Cirne (PT). 

Nascido em Recife em 1942, o Maestro Formiga foi regente da Banda Musical da Escola Industrial Agamenon Magalhães e depois estudou no Conservatório Pernambucano de Música, a quem o maestro estendeu a homenagem durante a sessão. 

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"Artista costumeiramente premiado em diversos concursos estaduais e nacionais, assumiu na década de 1970 a direção da Banda Municipal do Recife. Na década de 1980, participou da criação da histórica Frevioca, animando as ruas da nossa Cidade durante o Carnaval. Maestro Formiga realizou parcerias com a Orquestra Popular do Recife (PE), Nação Zumbi (PE), Grupo Camerata Brasileira (RS), a Barca (SP), entre outros grupos culturais" diz outro trecho da justificativa. 

A trajetória do Maestro Formiga é marcada pela composição de frevos, obras clássicas e até mesmo uma época inspirada no sino do antigo prédio do Jornal Diario de Pernambuco, localizado na área central do Recife, chamada "Grande Abertura do Sino do Diário de Pernambuco". 

Discurso

No seu discurso durante a sessão solene, o Maestro Formiga definiu-se como "um homem simples que participou de várias iniciativas". Ele também pediu que os vereadores discutam sobre a possibilidade da Banda Municipal retornar as suas atividades.

"Em muitas ocasiões, a gente passou o livro de ouro para custear despesas da banda, para ela não parar. Hoje o Frevo está afundando e eu gostaria de dar algumas sugestões que sirvam de reflexão. O frevo não tem ideologia e por isso todos gostam", disse o maestro. 

Formiga também defendeu o ensino do frevo nas escolas por meio de uma disciplina na grade curricular. "Em Brasília, dei oficinas com grupos locais, sugeri a criação de uma Orquestra de Frevo Nacional que teria espécie de consulado, que funcionariam como locais onde se tocaria o frevo". 

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