Memória

Um mês sem Paulo Gustavo: Como a morte do ator abalou o Brasil e a classe artística

Além da comoção geral, falecimento do humorista provocou posicionamentos políticos e cobranças

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Cadastrado por

Márcio Bastos

Publicado em 04/06/2021 às 8:45 | Atualizado em 04/06/2021 às 9:28
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No dia 4 de maio de 2021, o Brasil perdia um de seus maiores talentos na comédia. Na data, o ator Paulo Gustavo faleceu após mais deu m mês internado para se tratar da covid-19. O artista, que tinha 42 anos, foi um grande defensor das medidas para conter a epidemia e sua morte precoce, deixando o marido, Thales Bretas, e dois filhos, Romeu e Gael, nascidos em 2019, comoveu o país.

Paulo Gustavo foi internado no dia 13 de março para combater a covid-19, no Rio de Janeiro, e após piora no seu quadro, chegou a receber o tratamento ECMO, uma técnica que cria uma espécie de pulmão artificial para ajudar na respiração. Durante sua internação, muitos fãs e famosos se mobilizaram na internet para enviar mensagens de apoio à família, desejando a recuperação do artista.

Quando confirmado o falecimento do ator, no dia 4, pouco tempo depois de ele apresentar uma melhora e chegar a interagir com o marido e a equipe médica, um misto de tristeza e revolta tomou conta de uma parte de seus admiradores e também de amigos célebres.

Atrizes como Samantha Schmütz, Mônica Martelli, Ingrid Guimarães e Tatá Werneck expressaram indignação pelo fato do amigo ter falecido em decorrência de uma doença para a qual já há vacina. Para elas, a morte de Paulo Gustavo teve também um componente político, pois poderia ter sido evitada, assim como a de milhares de brasileiros, caso houvesse articulação política e empenho do Governo Federal em combater a pandemia.

Mônica e Samantha, inclusive, estiveram entre os milhões de brasileiros que compareceram às ruas no último dia 29 de maio para protestar contra o presidente Jair Bolsonaro e sua gestão da crise sanitária. Nas redes sociais, Samantha levantou o debate sobre o engajamento político dos artistas e provocou uma reação de pessoas como Juliana Paes, que havia publicado uma declaração em favor da médica Nise Yamaguchi, rebateu a colega sobre a necessidade de se posicionar.

O embate entre ambas, inclusive, abriu uma discussão mais ampla sobre o papel dos artistas e sua isenção política. Muitos nomes globais, como Patrícia Pillar, Letícia Sabatella, Icaro Silva, entre outros, comentaram na publicação, além dela ter repercutido entre a classe artística, com posicionamentos de nomes como Bruno Gagliasso, entre outros.

Homenagem

Em seu perfil no Instagram, o médico Thales Bretas, viúvo de Paulo Gustavo, fez uma publicação em homenagem ao marido. Em um vídeo em que aparecem se beijando, Thales falou das saudades que sente do ator. "Que saudade do seu beijinho e do seu carinho...#tbt 1 mês sem seu corpo presente, mas nenhum minuto sem você! Te amo pra sempre!", escreveu.

Tatá Werneck também fez uma publicação em memória do amigo. Ela afirmou que o legado do ator permanecerá tanto na família dele, nos filhos quanto através de sua arte. A humorista pontuou ainda que as personagens criadas por Paulo Gustavo são geniais e que diariamente sente saudades do amigo.

"Um mês sem você. E eu ainda tenho impulsos rápidos de pegar o telefone pra te ligar e saber o que você tá achando. Eu resolvi me recusar a acreditar que tudo aconteceu. Já que estamos todos afastados com pandemia, quando tudo voltar ao normal eu penso. Tava muito insuportável imaginar que o cara mais genial que eu já conheci não tá aqui. Eu vejo seus vídeos e rio tanto. Você estará sempre aqui! Na sua família. Nos seus filhos. Nas obras que ajudou a construir. E na sua ARTE unica! Suas personagens brilhantes. Você está aqui sim. E eu sonho com você todas as noites. Impossível escrever sobre você e não estar aos prantos. Eu te amo tanto", declarou.

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