Galeria do Recife expõe adaptações impressas de obras de modernistas pernambucanos

Lula Cardoso Ayres, Bajado e Wellington Virgulino, destaques do modernismo pernambucano, são os primeiros nomes a integrar o projeto "Arte Imortal de Pernambuco e seus Artistas Plásticos", da Arte Maior Galeria. A primeira exposição da ação será inaugurada na próxima segunda-feira (8), a partir das 15h, com visitação presencial no espaço, localizado em Boa Viagem, Zona Sul, ou pelo site www.artemaior.com.br.

Disponíveis para aquisição, as obras expostas são adaptações a pequenos formatos a partir da técnica de Giclée, um processo de micro jato de tinta para impressão de artes gráficas. As telas são numeradas e autenticadas com selo da Arte Maior, nas dimensões aproximadas de 20x30cm e código de autorização por parte dos herdeiros e familiares.

"Definimos o conceito de arte imortal neste projeto como aquele tipo de arte criada por artistas plásticos geniais que superam a sua própria existência. O artista não produz mais, mas sua arte fica", explicou Sérgio Oliveira, marchand da Arte Maior Galeria. "Escolhemos artistas pernambucanos porque certamente contribuíram de forma relevante para a cultura pernambucana e nacional. Mais do que isso, o projeto tem o objetivo de manter viva a força das artes plásticas e preservar sua história".

Os artistas são expoentes do século 20. Euclides Francisco Amâncio, conhecido popularmente como Bajado, criou obras que traduziram a arte popular brasileira, com suas cores e ingenuidade, por meio da cultura, personagens populares e festas como o Carnaval.

Lula Cardoso Ayres tinha uma personalidade multiartística e percorreu diferentes técnicas como pintura, cenografia, ilustração, gravuras e até fotografia, sempre permeando do figurativo ao abstracionismo. Já Wellington Virgulino foi desenhista e escultor, tendo sua arte reconhecida por meio de obras líricas, de traços e cores intensas. Foi um dos fundadores da Sociedade de Arte Moderna do Recife (SAMR, 1950).

A Galeria Arte Maior foi fundada em 1979, tendo realizado mais de 150 exposições individuais de artistas e tantas outras coletivas, sendo uma das pioneiras no formato de leilão online de obras de arte. O espaço conta também com a publicação da série "Cadastro Arte Maior de Pernambuco".

Em seu primeiro volume, publicado em 1994, contou com os dados de 327 artistas de todo estado. No segundo volume, publicado em 1996, desta vez contando com mais de 260 artistas. Também lançou os Anuários Pernambucano de Arte nas edições 2012 e 2014. O acervo do espaço conta com cerca de 1000 obras.