Comemoração

Cinderela volta aos palcos com espetáculo para celebrar seus 30 anos

"Trintou! Cinderela, 30 Anos de Humor" acontece neste domingo (15) e sócios JC Clube têm descontos no ingresso

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JC

Publicado em 14/05/2022 às 19:04 | Atualizado em 14/05/2022 às 19:18
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Um ícone de Pernambuco. Assim, Cinderela, personagem criada pelo ator, apresentador e diretor Jeison Wallace, foi definida no início dos anos 90 quando começou a revolucionar o teatro local. No ano de 1991, a personagem, carregada de comportamentos, expressões e trejeitos do povo pernambucano, subiu ao palco pela primeira vez. E de lá pra cá não saiu mais. Ganhou os palcos, as telas, as ruas, o país. E amanhã celebra 30 anos com o espetáculo "Trintou! Cinderela, 30 Anos de Humor", no Teatro Guararapes.

"Eu me sinto muito grato por esses 30 anos. Primeiramente a Deus e a minha mãe, a quem eu devo tudo isso. Eu, uma criança pobre, que saia a pé do bairro de Afogados até o Centro do Recife, morando em uma casa que só tinha a entrada por trás, que enchia em dia de chuva, queria ser artista. Queria cantar, queria atuar. E a minha mãe sabiamente dizia: 'Você vai conseguir meu filho! Você vai ser o que você quer!'. E aí tudo isso aconteceu. Ou melhor, está acontecendo. Eu estou aqui por conta de Dona Ednalba", conta Jeison Wallace.

A peça começa às 19h30 e os ingressos custam R$ 70 (plateia A), R$ 60 (plateia B), R$ 50 (balcão), com meia-entrada e ingresso social (com 1kg de alimento perecível) para todas as opções. As vendas são realizadas na bilheteria do Teatro Guararapes ou no site Mega Bilheteria. O espetáculo conta com apoio cultural do JC Clube e os sócios do clube de vantagens do Jornal do Commercio têm 50% de desconto nos ingressos.

Divulgação
FILAS LOTADAS Cinderela começou nos palcos do Teatro Valdemar de Oliveira e sessões a meia-noite - Divulgação

HISTÓRIA

Jeison Wallace se transformou em Cinderela para protagonizar a peça "Cinderela - A história que sua mãe não contou" há 30 anos. O espetáculo foi escrito por Henrique Celibi, ator e dramaturgo falecido em 2017. Na época, as sessões aconteciam à meia-noite, no Teatro Valdemar de Oliveira, e as filas eram enormes com a casa sempre lotada. Cinderela chegou a reunir 15 mil pessoas em uma apresentação especial no Geraldão, na Zona Sul do Recife.

"Como a gente não tinha espaço para fazer a peça no chamado horário nobre - às 19h, 20h, 21h, fizemos de meia-noite. E o público ia curioso. O que será que tem nesse espetáculo a essa hora? Tem nudez? Sexo explícito? Aí, nessa curiosidade, o pessoal foi indo e começamos a formar público. Estreamos no dia 20 de setembro de 1991.", relembra Jeison Wallace.

A cidade ficou pequena. O espetáculo viajou por várias cidades, como Rio e São Paulo, e Cinderela e sua Trupe do Barulho participaram de programas como o de Hebe Camargo.

Ainda nos anos 90 a empregada, que tem o bordão "Oxe, mainha" como sua marca registrada, invadiu as telinhas da TV Jornal com a sua trupe para cobrir o Carnaval de Pernambuco do melhor jeito que eles sabem fazer.

"Em 1992, a TV jornal nos convidou. Viram a peça, viram que a gente tinha um potencial, e como a gente era um bando de homens vestidos de mulher, nos chamaram para cobrir o desfile das Virgens do Bairro Novo. E deu muito certo. Foi aí que o teatro começou a lotar de fato. A TV Jornal comigo tem tudo a ver", comenta Jeison.

Por quase um ano e meio, Cindy apareceu para todo o Brasil, aos domingos, ao lado da apresentadora Eliana. Jeison Wallace conheceu Eliana durante o Carnaval recifense, no bloco "Xô, preguiça" da apresentadora. E, para conciliar com a gravação do Papeiro da Cinderela, na TV Jornal, Jeison precisou fazer muitas pontes aéreas.

No ano passado, a série "Tá puxado", estrelada por Cinderela e Matheus Ceará e transmitida pela TV Jornal, foi um dos trabalhos finalistas do 20º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro na categoria de Melhor Série de Ficção da TV aberta, concorrendo com nomes como Fernanda Montenegro, com a série "Gilda, Lucia e o Bode", e Marjorie Estiano, com a série "Sob Pressão - Plantão Covid".

"Eu me sinto realizado. Eu consegui tudo o que um artista poderia conseguir e estando na própria terra. Eu sou 'um santo de casa que fez milagre'. Eu consegui tudo isso aqui da minha terrinha.", comemora Jeison.

30 ANOS

Para celebrar toda essa história de Cinderela, o fenômeno que conquistou não só os pernambucanos, mas todos os brasileiros, Jeison Wallace apresenta a peça "Trintou! Cinderela, 30 Anos de Humor", que tem concepção e direção do próprio Jeison. O espetáculo passeia pelos quadros que fizeram parte da formação de Cinderela, até mesmo o icônico "Cinderela, a História que sua Mãe não Contou" integra a comemoração.

"Para esses 30 anos a gente achou melhor fazer um apanhado, um mix de tudo. Quem for vai identificar quadros que já viu com uma nova roupagem, os personagens e, tem também, um pedacinho da peça "Cinderela, a história que sua mãe não contou", pontua Jeison Wallace.

Os figurinos e todo o cenário de "Trintou! Cinderela, 30 Anos de Humor" são assinados por Roberto Costa, que também participa da peça como a 'Bicha Madrinha'. As coreografias são de Clóvis Bezer. Também estão convidados atores do elenco do Papeiro da Cinderela para o palco do espetáculo, realizado pela Roberto Costa Produções e Oxe Mainha Produções.

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