Baile do Menino Deus volta ao Marco Zero do Recife após dois anos. Confira datas

Tradicional espetáculo natalino do Recife apostou em formato de filme durante a pandemia; organização promete novas músicas, atores, bailarinos e solistas
Emannuel Bento
Publicado em 30/11/2022 às 14:34
Ensaio da peça Baile do Menino Deus, que virar filme para ser exibido na TV Foto: Hans von Manteuffel


O Baile do Menino Deus, tradicional espetáculo natalino do Recife, voltará ao Marco Zero do Recife após dois anos apostando no formato de filme - solução encontrada durante a pandemia.

O espetáculo gratuito será realizado no ponto turístico da capital nos dias 23, 24 e 25 de dezembro, sempre a partir das 20h, na Praça do Marco Zero.

A organização promete várias novidades, como novas músicas, novos atores, bailarinos e solistas, além de uma renovação na identidade visual - assinada por Hallina Beltrão, com projeto gráfico de Tácio Ferraz.

Realizado há 19 anos nesse local, o Baile do Menino Deus conta com direção geral de Ronaldo Correia de Brito e produção de Carla Valença, da Relicário Produções.

Mais informações sobre a edição de 2022 serão divulgadas na semana que vem. Contudo, é possível adiantar que a peça continuará prezando pela pluralidade de ritmos e de figuras emblemáticas da cultura nordestina. No filme de 2021, por exemplo, os novos solistas foram a rainha da ciranda Lia de Itamaracá e o cantor paraibano Chico César.

Baile do Menino Deus, uma festa brasileira

O Baile segue a história original da Trilogia das Festas Brasileiras, uma série de peças que retratam as manifestações populares nordestinas, incluindo Bandeira de São João e Arlequim de carnaval.

No palco, a dupla de personagens principais, chamados de Mateus, tentam abrir a porta da casa onde estão Maria, José e o recém-nascido Jesus. Até conseguirem, embarcam em "entreméses" - termo usado para uma estética dramática e jocosa que remete aos séculos 16 e 18 na Espanha. As novidades do texto sempre aparecem aí.

O Baile começou a ser realizado há 36 anos, passando por diversos equipamentos culturais da capital pernambucana até chegar ao ponto turístico da atualidade. A iniciativa partiu de artistas que se sentiam incomodados com um Natal de Jingle bells, que segue uma estética de Disneylândia e norte-americana.

Naquela época, a discussão sobre representatividade ainda não tinha tanta amplitude, mas a diversidade está na base do espetáculo. Por exemplo, os três reis magos sempre representam os três fenótipos raciais do Brasil - um negro, um indígena e um branco.

TAGS
cultura Baile do menino Deus
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory