Projeto paralelo da Nação Zumbi, a banda Los Sebosos Postizos fará o seu retorno aos palcos do Recife nesta sexta-feira (21), no evento Bailinho Tropical, realizado no Clube Português. A noite ainda conta com Academia da Berlinda e o cantor Conde Só Brega.
A 'Postizos' surgiu nos anos 2000, com repertório do que foi produzido por Jorge Ben Jor entre os anos 1960 e 1970.
Desde 2019, o grupo formado pelos membros da Nação Jorge Du Peixe (vocal), Dengue (baixo) e Gustavo da Lua (percussão) vem cantando músicas de Bob Marley. Carlos Trilha (teclados), Pedro Baby e Lello Bezerra (guitarras) e Vicente Machado (bateria) completam a formação.
O próximo álbum, inclusive, será intitulado "Los Sebosos tocam Bob Marley & The Wailers". A previsão de lançamento do álbum inspirado no reggae é para este primeiro semestre de 2023.
A banda vai desconstruir o repertório desses artistas jamaicanos, agregando elementos do rock e fortalecendo a mensagem de resistência contidas nos hinos "Is This Love", "Three Little Birds", "Concrete Jungle", "Natural Mystic", "Stir It Up", "Positive Vibration", "Redemption Song", "Buffalo Solider" e "Slave Driver", entre outros mais.
"A LSP tem uma identidade forte. As versões são construídas em cima dessa nossa identidade e não foi diferente dessa vez. Incorporamos a alma da banda", diz Dengue, ao JC. "A escolha do repertório ficou por conta de Jorge du Peixe. Ele selecionou as músicas que têm mais vontade de cantar e se sente melhor".
Para Dengue, a diferença de subir no palco com a Postizos é "gritante". "A LSP é um projeto descompromissado, para divertir o público e os divertir também. Não que não aconteça o mesmo que a Nação Zumbi, mas, nos sentimos mais livres e leves ao subir no palco. Esse show uqe voltamos a rodar em dezembro passado, em especial, está muito leve e até divertido."
Os músicos da Nação, inclusive, também apresenta na edição paulistana do Guaiamum Treloso Rural, em São Paulo, neste sábado (22), com o projeto "Manguefonia", uma homenagem aos 30 anos do manguebeat - que também passou pelo Festival de Inverno de Garanhuns, em 2022.
Há um ano, a Nação havia anunciado uma "pausa por tempo indeterminado". No mesmo ano, eles apareceram na programação de um festival do Boi da Macuca, no município de Correntes, cancelado após a desistência de Gal Costa.
Dengue diz a "a pausa foi necessária". "Mas podemos considerar que a pausa terminou. Logo após a pandemia, não estávamos prontos para voltar. Aproveitamos para criar o projeto Manguefonia, em homenagem aos 30 anos do manguebeat, em que fizemos alguns shows", diz.
"Houve o convite para a Nação tocar no festival da Macuca, que foi cancelado e foi adiado para a versão de verão no Recife. Fizemos o carnaval do Recife e estamos retomando os shows aos poucos, focando em novos singles para sair logo. A ideia é comemorar então os 30 anos da banda".
A Nação Zumbi volta sem Lúcio Maia (guitarra), após baixas de Gilmar Bolla 8 (2015) e Pupillo (2019).
Outra atração do evento, a Academia da Berlinda neste ano voltou às origens e os integrantes estão compondo em casa, em Olinda.
Para o Carnaval deste ano eles lançaram um novo single "Bandoleiro" e dessa vez escolheram visitar o frevo como referência, quando normalmente a banda bebe da fonte da Cumbia, carimbó, coco, ciranda, maracatu, cavalo marinho e afrobeat. O single já está disponível nas plataformas e certamente estará no setlist da banda no show no Bailinho Tropical.
Os ingressos para o evento já estão sendo vendidos na Loja Avesso, no bar Carranca, na Ingresso Prime (quiosques dos shoppings e site) e também online através do site Bilheteria Digital. As entradas custam R$ 60 (meia-entrada), R$ 70 + 1kg de alimento não perecível (social), R$ 120 (inteira) e R$ 130 (open bar).