A cantora Taylor Swift fez história no 66ª cerimônia do Grammy no domingo (4) ao ganhar o seu quarto Grammy na categoria Álbum do Ano, com o seu álbum "Midnights", em uma cerimônia protagonizada pelas mulheres.
A cantora, de 34 anos, tornou-se a única artista a ter quatro troféus nessa categoria, que é a mesma importante da noite, superando gigantes da música como Frank Sinatra, Paul Simon e Stevie Wonder na história do Grammy com esta vitória. Ela ainda anunciou que lançará um novo álbum no dia 19 de abril.
"Eu adoraria dizer que este é o melhor momento da minha vida, mas me sinto muito feliz quando termino uma música", disse Swift. "Para mim o prêmio é o trabalho. Só quero poder continuar fazendo isso, eu amo e me faz feliz".
Anteriormente, a estrela, que está em turnê pelo mundo com sua extremamente popular "The Eras Tour", ganhou o gramofone de Melhor Álbum Vocal Pop.
Mais categorias
Em uma noite dominada pelas mulheres, Phoebe Bridgers foi coroada com quatro prêmios, três deles junto com seus colegas do boygenius, o supergrupo indie formado também por Lucy Dacus e Julien Baker, que recebeu seis indicações.
Foi também um dia histórico para a cantora pop Miley Cyrus, que ganhou os dois primeiros Grammys da sua carreira com sua canção "Flowers", que também performou na gala.
Com a melodia poderosa que virou hino entre seus fãs, Cyrus conquistou o reconhecimento de Melhor Performance Solo Pop e o cobiçado prêmio de Gravação do Ano, que reconhece a interpretação de uma música. "Esse prêmio é incrível, mas eu realmente espero que não mude nada, porque minha vida estava linda ontem", disse Cyrus, que agradeceu a amigos, colegas e familiares.
Jay-Z faz crítica
Reconhecido com o prêmio pelo conjunto de sua carreira no hip-hop, o rapper Jay-Z aproveitou seu discurso para recordar a polêmica em torno de sua esposa, Beyoncé, que nunca foi coroada com o Melhor Álbum, o prêmio de maior prestígio, apesar de ser a artista com maior número de estatuetas da história da premiação, no total de 32 gramofones.
"Pensem nisso, o maior número do Grammy, e nem uma única vez o melhor álbum do ano. Tem algo que não está funcionando", disse ele, com sua esposa na plateia.
Beyoncé se tornou a artista mais premiada de todos os tempos no Grammy Awards do ano passado, mas o prêmio de Melhor Álbum foi para o popstar britânico Harry Styles. Em 2017, a Recording Academy também deu preferência à diva Adele, o que gerou críticas contra a falta de diversidade nessas premiações.
Convidada surpresa: Céline Dion
A cantora Céline Dion, que sofre da síndrome da pessoa rígida, uma patologia rara, foi a encarregada de entregar o prêmio de maior prestígio da noite, de Melhor Álbum do Ano, a Taylor Swift. "Quando digo que estou feliz por estar aqui é porque realmente acho isso, de todo o coração", disse ela.
"Aqueles que tiveram a sorte de assistir ao Grammy Awards nunca deveriam subestimar o grande amor e alegria que a música traz às nossas vidas e ao mundo inteiro", acrescentou a estrela de 55 anos.
"O primeiro de muitos"
Para a estrela do reggaeton Karol G e o mexicano Peso Pluma também foi uma cerimônia marcante: ambos ganharam os primeiros Grammys de suas carreiras.
"É a minha primeira vez aqui e a primeira vez que tenho meu próprio Grammy", disse Karol G, muito animada enquanto segurava o troféu de Melhor Álbum de Música Urbana. "Espero que seja o primeiro de muitos", acrescentou a colombiana.
A gala do Grammy, apresentada pelo comediante Trevor Noah, contou com performances poderosas, entre elas Tracy Chapman e Luke Combs, que estrelaram um dos momentos mais emocionantes da gala ao cantarem juntos o clássico "Fast Car" do final dos anos 1980.
Stevie Wonder e Annie Lenox, entre outros, ficaram a cargo do momento In Memoriam, que encerrou com uma versão enérgica de "Proud Mary", de Tina Turner, a cargo de Fantasia Barrino, que serviu para esquentar a noite fria e chuvosa em Los Angeles. A noite encerrou com o lendário Billy Joel.