POLÍTICA CULTURAL

Com 42 delegados pernambucanos, Conferência Nacional de Cultura decide os resumos do setor no País

Propostas aprovadas durante o evento servirão de base para definir diretrizes do Plano Nacional de Cultura; Pernambuco emplacou 14 propostas de um total de 140

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Emannuel Bento

Publicado em 07/03/2024 às 17:14
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* Com informações da Agência Brasil

Após um intervalo de 11 anos, a 4ª Conferência Nacional de Cultura (4ª CNC) está sendo realizada em Brasília (DF), com encerramento nesta sexta-feira (8). Em quatro dias, o evento do MinC reuniu mais de 3 mil participantes de todo o país para debater políticas públicas de cultura.

As propostas aprovadas durante o evento servirão de base para definir diretrizes do Plano Nacional de Cultura, que tem o objetivo de orientar o desenvolvimento de programas, projetos e ações culturais que garantam a valorização, o reconhecimento, a promoção e a preservação da diversidade cultural existente no Brasil.

Foram 140 propostas enviadas pelos estados e o Distrito Federal serão debatidas em 12 grupos de trabalho e seis eixos temáticos, conforme a programação do evento.

Pernambuco

Dos 1300 delegados previstos para participar do evento, 42 são pernambucanos eleitos na etapa estadual, realizada em novembro do ano passado. O Estado teve 14 propostas aprovadas para discussão na Conferência.

"Foi um trabalho incrível Pernambuco ter aprovado 14 propostas que serão discutidas durante a Conferência Nacional. Estamos com 42 delegados, representando as linguagens e as 12 Regiões de Desenvolvimento do Estado. Acredito que este vai ser o maior evento que o setor cultural vai ter neste ano", ressalta Yasmin Neves, coordenadora da delegação e da 5ª Conferência Estadual de Cultura de Pernambuco (5ª CEC-PE).

"Pernambuco é um Estado riquíssimo no que diz respeito à cultura, e o sentimento é de responsabilidade porque estamos dialogando sobre o que ficou para trás nos últimos dez anos, além de focarmos nas propostas futuras", disse Janaína Melo, do segmento de Cultura Popular, de Matriz Africana.

Eixos

Os delegados pernambucanos, assim como os demais, foram divididos em seis eixos temáticos propostos pelo Ministério da Cultura: Eixo 1 – Institucionalização, Marcos Legais e Sistema Nacional de Cultura; e Eixo 2 – Democratização do Acesso à Cultura e Participação Social.

Os demais são: Eixo 3 – Identidade, Patrimônio e Memória; Eixo 4 – Diversidade Cultural e Transversalidade de Gênero, Raça e Acessibilidade na Política Cultural; Eixo 5 – Economia Criativa, Trabalho, Renda e Sustentabilidade; e Eixo 6 – Direito às Artes e às Linguagens Digitais.

Democratização

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ministra da Cultura, Margareth Menezes, durante entrevista coletiva sobre a 4ª Conferência Nacional de Cultura (CNC) - Marcelo Camargo/Agência Brasil

Durante o evento, representantes do governo citaram os recusos federais das Democratização leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2.

"Existem pessoas fazendo cultura em todas as regiões brasileiras. A grande maioria que não teve oportunidade de ter esse fomento, está tendo agora. Hoje, há essa oportunidade, em um país que tem quase 7 milhões de pessoas trabalhando no setor cultural, de ter o fomento chegando em suas cidades, em seus estados, para poder fazer o acontecimento", disse a ministra Margareth Menezes, à Agência Brasil.

Culturas Populares

O secretário-executivo do MinC, Márcio Tavares, destacou a criação da Diretoria da Promoção das Culturas Populares, dentro do ministério, e do projeto de lei que reconhece mestres e mestras de cultura como detentores de saberes e fazeres das culturas populares.

"Nós queremos que ele seja aprovado para poder viabilizar o apoio direto a esses referentes da nossa cultura, que precisam do apoio e do reconhecimento do Estado através de um dispositivo legal."

Margareth Menezes também avaliou que participação social de quem, de fato, está envolvido com o segmento, tem sido valiosa nesta conferência. "As pessoas que estão aqui estão credenciadas por suas comunidades, por suas representações nos estados. E as conferências temáticas servem para a gente, governo, ouvir. Para acolher o nosso novo plano nacional de cultura é necessário fazer essa escuta. Entendo que foi muito ruim ficar mais de 10 anos sem conferência."

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