Com um tema e três solos curtos, o espetáculo “3 Maneiras de Tocar no Assunto” - um manifesto artístico contra a homofobia - terá três sessões gratuitas em Pernambuco, como estreia da turnê pelo Norte e Nordeste.
Duas sessões serão realizadas no Teatro Apolo, nos dias 19 e 20 de abril, e uma no Teatro Dona Amélia, em Petrolina, no dia 2 de maio. Os ingressos online estão esgotados, mas haverá retirada na bilheteria, uma hora antes.
Com dramaturgia e atuação de Leonardo Netto e direção de Fabiano Dadado de Freitas, a peça está nos palcos desde 2019 e foi vista por mais de 15 mil espectadores. Conquistou os prêmios Cesgranrio (Melhor Texto Nacional Inédito, Ator e Categoria Especial, pela direção de movimento de Marcia Rubin), APTR-RJ (Melhor Autor e Iluminação) e Cenym de Teatro Nacional (Melhor Monólogo), acumulando quase 20 indicações em premiações.
De abril a julho de 2024, “3 Maneiras de Tocar no Assunto” irá percorrer as regiões Nordeste e Norte do Brasil, realizando apresentações com ingressos sempre gratuitos. Todas as sessões serão 100% acessíveis com intérpretes de Libras, audiodescrição, monitoria para pessoas com deficiência intelectual e em locais com estrutura como corrimões, rampas, banheiros adaptados, iluminação adequada e plateia com reserva de espaços para pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida.
Esta circulação é um projeto patrocinado pelo Instituto Cultural Vale, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com realização da Fulminante Produções e do Ministério da Cultura, Governo Federal - Brasil, União e Reconstrução.
Solos
A montagem “3 Maneiras de Tocar no Assunto” reúne três solos escritos e interpretados por Leonardo Netto, colocando em pauta questões relacionadas à homossexualidade, ao preconceito contra o homossexual e a comunidade LGBT+ em geral.
Os textos fazem uma interlocução direta com o público: o que há, afinal, de tão incômodo, maléfico e repugnante na homossexualidade? Por que, através dos tempos, ela teve sempre de ser punida? Por que a orientação sexual de uma pessoa pode a transformar num cidadão de segunda classe, com menos direitos que o resto da população?
“Homofobia mata todo mundo: o pai que teve a orelha arrancada por beijar o filho, os irmãos que foram linchados por andarem abraçados. Não adianta achar que você está livre porque você não é gay. Vivemos um retrocesso de entendimento sobre isso, um conservadorismo estúpido. A população LGBT+ no Brasil está alijada de quase setenta direitos previstos na Constituição”, ressalta Leonardo Netto, que abordou o tema por três instâncias distintas: a Escola, a Lei e o Estado.
No primeiro solo, “O homem de uniforme escolar”, o público assiste a uma aula de bullying homofóbico: o que é, como praticar e quais as suas consequências físicas e emocionais? São histórias reais de crianças e jovens que sofreram com o preconceito e a intolerância na escola.
Na sequência, “O homem com a pedra na mão” parte do depoimento ficcional de um dos participantes da Revolta de Stonewall, ocorrida em junho de 1969 em Nova York, um marco fundamental da luta pelos direitos da comunidade LGBT+. Uma descrição minuciosa da noite em que os frequentadores (gays, lésbicas, travestis, drag queens) do bar Stonewall Inn reagiram, pela primeira vez, a mais uma batida policial no local.
O último solo, “O homem no Congresso Nacional”, foi construído a partir de falas e pronunciamentos do ex-deputado federal Jean Wyllys, proferidos entre janeiro de 2011 e dezembro de 2018. Para criar o texto, Leonardo assistiu e transcreveu a discursos, falas, entrevistas e declarações do parlamentar e, cuidadosamente, criou o depoimento de um deputado gay e ativista na tribuna da Câmara.
SERVIÇO
RECIFE
Data: 19 e 20 de abril – sexta e sábado
Horário: 20h
Local: Teatro Apolo (Rua do Apolo, 121 - Recife, PE)
Ingressos: gratuitos
Capacidade: 270 lugares
PETROLINA
Data: 02 de maio – quinta
Horário: 20h
Local: Teatro Dona Amélia (Rua Pacífico da Luz, 618 - Centro, Petrolina, PE)
Ingressos: gratuitos
Capacidade: 345 lugares