MOEDA COMUM

MOEDA COMUM BRASIL E ARGENTINA: como será a nova moeda estudada por Lula e Alberto Fernández

Lula e Alberto Fernández confirmaram interesse em criar moeda única para Brasil e Argentina

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Rodrigo Fernandes

Publicado em 23/01/2023 às 8:09 | Atualizado em 23/01/2023 às 8:16
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Quem tira o Bolsa Família na segunda pode sacar no sábado? Saiba se é permitido - MARCOS SANTOS/DIVULGAÇÃO

Os presidentes Lula e Alberto Fernández anunciaram, por meio de artigo publicado no último domingo (22), o interesse em criar uma moeda comum para os países da América do Sul, ideia que vem sendo ventilada desde que o petista assumiu a presidência.

Lula viajou a Buenos Aires no final da tarde de ontem e deve encontrar o mandatário argentino nesta segunda-feira (23), em agenda na Casa Rosada. Eles devem se reunir com outros chefes de Estado do continente.

MOEDA COMUM BRASIL E ARGENTINA

O artigo assinado conjuntamente por Lula e Fernández cita o interesse em avançar nas discussões sobre uma moeda comum sul-americana.

Os mandatários afirmam que a nova moeda poderá ser usada "tanto para fluxos financeiros quanto comerciais".

Além disso, os presidentes creem que a nova opção monetária poderá reduzir custos operacionais e a vulnerabilidade externa, reduzindo a dependência do dólar.

“Argentina e Brasil estão firmemente comprometidos em construir uma América do Sul forte, democrática, estável e pacífica. Precisamos enfrentar um mundo cada vez mais complexo e desafiador e temos ampla convergência na agenda multilateral. Falta uma vontade política efetiva para enfrentar os dilemas atuais e as grandes crises: mudanças climáticas, pandemias, guerras, fome e imigração", diz o texto.

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COMO SERÁ A MOEDA COMUM BRASIL E ARGENTINA

Ainda não está claro como será a moeda comum citada por Lula e Fernández, uma vez que o projeto está em fase de discussões, e pode ter novidades apresentadas na reunião de hoje.

Não se sabe, por exemplo, se esta será uma moeda utilizada somente entre Brasil e Argentina, se abrangerá outros países do continente ou, ainda, se poderá ficar restrita apenas aos membros do Mercosul.

Ainda, outros países sul-americanos não se manifestaram quanto ao interesse em criar ou participar da integração por meio da moeda única.

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O que se sabe, porém, é que a moeda será comum, e não única. Isso significa que o real e o peso continuarão existindo como moedas oficiais do Brasil e da Argentina.

Ou seja, a nova moeda, se criada, terá aplicação diferente do Euro, por exemplo, que serve de moeda exclusiva dos países membros da União Europeia.

MOEDA COMUM MERCOSUL

No início de janeiro, a criação de uma moeda comum para os países do Mercosul foi tratada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli.

“Não significa a exclusão das moedas em circulação, mas a criação de uma unidade de valor real para a integração regional. A moeda quer unificar o bloco devido à crise da globalização”, afirmou o diplomada argentino durante a reunião, realizada em Brasília.

Entre as vantagens da moeda, está a criação de uma moeda forte e o estabelecimento de metas para equilibrar as contas públicas das nações integrantes. Por outro lado, uma das desvantagens é a a perda de autonomia de países com maior economia, em detrimento das nações com menor poder econômico.

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