Na tarde desta terça-feira (07), o corregedor-geral do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ministro Benedito Gonçalves, manteve a minuta que descrevia o plano para um golpe de Estado e que foi apreendida na casa do ex-secretário de Segurança, Anderson Torres.
No dia 16 de janeiro, a minuta foi inclusa pelo corregedor após atender um pedido do PDT no processo que investiga a legalidade do encontro entre o ex-presidente Jair Bolsonaro com embaixadores para questionar o resultado do pleito eleitoral.
A defesa de Bolsonaro e Braga Netto, candidato a vice-presidente em 2022, alegou que tal documento não é relevante, visto que "é apócrifo, não foi encontrado em posse dos investigados nem assinados por eles".
Gonçalves afirmou que a minuta tem sim relação com os fatos da ação e disse que, mesmo após a diplomação do presidente Lula, há "um clima de articulação golpista [que] ainda ronda as Eleições 2022".
Confira trechos da decisão do TSE
“Assistimos a atos de terrorismo que atingiram seu ápice nos ataques à sede dos 3 Poderes da República em 08/01/2023. Indícios de desobediência e falta de comando no seio das forças de segurança, bem como de atos e omissões graves de agentes públicos seguem se acumulando”.
“Somam-se o plano para espionar e gravar sem autorização conversa do Presidente do TSE, a ocultação de relatórios públicos que atestavam a lisura das eleições e o patrocínio partidário de “auditoria paralela” e de outras aventuras processuais levianas, tudo para manter uma base social em permanente estado de antagonismo com a Justiça Eleitoral, sem qualquer razão plausível”.