Com pouco mais de 10 milhões de pessoas ainda sem resposta sobre aprovação ou não do auxílio emergencial, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou nesta quarta-feira (3) que a expectativa é de que um novo "grande lote" seja liberado pela Dataprev na segunda semana de junho. Sem precisar quantas pessoas estarão incluídas nessa nova leva, Guimarães disse ter recebido do ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, a previsão de conclusão dos processamentos dos cadastros pendentes nessa terça-feira (2).
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"A expectativa é de que, na semana que vem, tenhamos um lote relativamente grande vindo da Dataprev e do Ministério da Cidadania. Ontem (2), conversei com o ministro Onyx (Lorenzoni, da Cidadania) e essa é a expectativa, para a semana que vem", disse o presidente da Caixa ao fazer balanço dos pagamentos do dia.
Na fila de espera pela resposta da primeira análise, feita ainda no mês de abril, estão 5,8 milhões de pessoas. Além desses, outros 5,3 milhões estão em reanálise (pela segunda ou terceira vez) na Dataprev. "O importante é que todas as pessoas aprovadas vão ter direito às três parcelas", ressalta Guimarães.
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Calendário
Atualmente, o auxílio emergencial já está no calendário de saques da segunda parcela de R$ 600 ou R$ 1,2 mil para os aprovados até o fim do mês de abril, contemplando pouco mais de 50 milhões de pessoas. Ainda no mês de maio, o banco deu início ao pagamento da primeira parcela para outros 8,6 milhões de beneficiários que tiveram os dados aprovados pela Dataprev no mês passado. Esse contingente representam, por tanto, um total de 58,6 milhões de pessoas que tiveram acesso à primeira parcela. AO todo, o programa já creditou R$ 76,6 bilhões.
Para continuidade dos pagamentos, o banco ainda não tem definição quanto à divulgação do calendário para pagamento da terceira parcela, tampouco datas para começar a creditar o valor correspondente ao segundo e primeiros lotes ainda pendentes. A estimativa, feita na semana passada por Guimarães, é que os novos calendários sejam divulgados até o fim da primeira quinzena deste mês.
Além das três parcelas, o presidente Jair Bolsonaro ainda não bateu o martelo junto às equipes econômica e de assistência social sobre prologamento dos pagamentos. Até então, o presidente dá como certo pelo menos mais uma parcela, que deverá ser paga em valores menores do que os atuais.
Irregularidades
Levantamento feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que pouco mais de 8 milhões de benefícios referentes ao auxílio emergencial podem ter sido pagos indevidamente pelo governo. Outras 2,3 milhões de pessoas que teriam direito podem ter sido excluídas indevidamente dos cadastros do programa.
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